Notícias

 | 04/07/2012 06h01min

Paulinho Moska se apresenta em Florianópolis nesta quarta e quinta-feira

Parcerias com músicos da América Latina, como Jorge Drexler, marcaram o CD Muito Pouco

Roberta Ávila  |  roberta.avila@diario.com.br

Apaixonado pela canção. É assim que se define o músico Paulinho Moska, que se apresenta amanhã, às 21h, no Teatro Pedro Ivo. Hoje, o músico estará no projeto Itapema Convida, em Jurerê Internacional. No set list do show no Pedro Ivo, sucessos como Pensando em Você e A Idade do Céu e também músicas do seu último trabalho, Muito Pouco. No cenário desde os anos 1980, Moska fez parte do grupo Inimigos do Rei e fez a trilha sonora do filme nacional Amores Possíveis.

Você já esteve em Florianópolis?

Moska -
Já visitei a cidade em outras ocasiões, toquei aí algumas vezes. Eu gosto muito de Florianópolis. É uma cidade muito parecida com o Rio. Tem praia, alegria, o carisma do povo. É um lugar muito singular. Minha mulher fez um filme aí, ela tem uma relação com a cidade. Além disso, eu adoro ostra. (risos).

Você já fez duetos com quantos artistas?

Moska -
No meu programa, no Canal Brasil, o Zoombido, sempre faço um dueto com os compositores convidados. Já foram 180 compositores diferentes de tudo que é ritmo diferente, do funk ao forró. Entre eles estão João Bosco, Zé Ramalho, Lenine, Fagner. É um privilégio ter a chance de conviver com tanta gente boa.

Entre os seus duetos está a parceria com o Jorge Drexler?

Moska -
O Drexler é um caso à parte. Foi uma uruguaia que me deu um CD com músicas que ela achava que eu devia ouvir. Nesse CD, ela colocou músicas do Jorge Drexler, que também é uruguaio, e ela escreveu uma carta falando sobre a música dele, do cuidado que ele tem com a letra das músicas. Ele tem muita influência de música brasileira, gosta muito da nossa música. Eu fui ouvir e pirei. Escrevi para ele e nos tornamos amigos. Cantamos juntos aqui na América do Sul, na Espanha e também na África. Passamos quatro anos bem grudados. Drexler me apresentou muita gente, me abriu uma porta para a América do Sul que nunca mais se fechou. Gravei com ele A Idade do Céu e depois Dos Colores: Blanco y Negro, que foi uma música que gravamos para guardar, para a gente só, mas ficou tão linda que saiu no CD Tudo Novo de Novo, de 2003.

O Drexler, assim como você, tem uma relação muito intensa com o violão.

Moska - Isso é uma coisa muito brasileira. Nós temos no Brasil "cantautores", cantores autores, que são esses caras que compõe com o violão e que pegam o instrumento e saem cantando e só com o violão eles já são um show. Isso é um tesouro nosso, pessoas como Gil, Caetano, Milton Nascimento. Os nossos cantautores buscam criar uma assinatura no tocar violão. Isso também é assim na Argentina, no Chile, Colômbia, em toda a América Latina. Eu viajo sempre de olhos, ou melhor, de ouvidos abertos. Nós brasileiros somos muito "de costas" para a América Latina, o que é ruim, mas talvez seja assim porque a gente se basta. A gente já tem muita diversidade.

Foi buscando incorporar essa diversidade que você fez músicas como Waiting for The Sun to Shine, do seu último álbum, o CD duplo Muito Pouco, que tem letra em português, inglês e espanhol?

Moska - Essa música foi uma parceria com o Kevin Johansen, que foi uma das pessoas que o Drexler me apresentou. O Kevin foi educado em inglês e espanhol, já morou em tantos lugares, já fez tanta coisa, se tornou uma pessoa tão cheia de misturas, que eu brinco que ele virou um brasileiro. (risos).

Li numa entrevista anterior que, no começo da sua carreira, você buscava a complexidade nas músicas e que hoje você procura o simples. É isso mesmo?

Moska - Eu sou um apaixonado pela canção. Ela é a rainha da minha vida. E eu busco o simples e o fácil. Acho que quando a gente começa a carreira, a gente canta complicado. Eu estudava filosofia, colocava tudo isso na música, mas ao mesmo tempo eu fui criado pelo rádio, que eu ouvi a vida inteira. Hoje eu acredito que o simples é mais difícil de fazer. Dá mais trabalho para fazer do que uma música complicada.

Você está mixando um DVD gravado há pouco, continua com tempo para compor?

Moska - Eu componho o tempo todo. Mesmo quando não estou compondo, acredito que estou compondo porque compor é ver, é estar atento. É colocar na música não só o que você sabe, o que você quis dizer, mas o que você viveu, o que estava em você e você nem sabia.

Agende-se

O quê: Itapema Convida com Paulinho Moska
Quando: hoje, às 19h30min
Onde: Simple on the Beach, em Jurerê Internacional, Florianópolis. O evento é fechado para convidados

O quê: Paulinho Moska
Quando: amanhã, 21h
Onde: Teatro Pedro Ivo, (Rodovia SC-401, Km 5, 4.600, Saco Grande, Florianópolis)
Quanto: R$ 60, no site da Blue Ticket www.blueticket.com.br. R$ 40 (titular e acompanhante do Clube do Assinante DC)

DIÁRIO CATARINENSE
Divulgação / Divulgação

Os ingressos para o show no Teatro Pedro Ivo custam R$ 60 e estão à venda no site Blue Ticket
Foto:  Divulgação  /  Divulgação


Comente esta matéria
Sintonize a Itapema em Florianópolis 98.7, em Joinville, sintonize 95.3

Grupo RBS Fale Conosco | Anuncie | Trabalhe no Grupo RBS - © 2009
clicRBS.com.br • Todos os direitos reservados.