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Itapema FM  | 05/06/2012 10h03min

"ArtiCIDADE - Espaços de Performação" leva apresentações para espaços públicos de Joinville

Selecionados pelo edital da terceira edição foram divulgados nesta segunda-feira

Cláudia Morriesen  |  claudia.morriesen@an.com.br

Entre 9 e 30 de junho, você vai andar pelas ruas de Joinville e, de repente, encontrar figuras e situações que não fazem parte da rotina cotidiana. Fique preparado para se surpreender: essa é uma das reações esperadas pelo Projeto Articidade, Espaço de Performação, que entra na terceira edição. Promovido pelo Instituto Schwanke, o Articidade propõe a exposição coletiva de intervenções urbanas nos espaços públicos da cidade e contribui para a execução das propostas de artistas de Santa Catarina e de outras localidades.

Oito trabalhos foram selecionados para as apresentações pela curadora do Articidade, Alena Marmo, que compunha o júri com o professor de história da arte Jefferson Kielwagen e pela professora de artes Regina Melim. Das oito vagas, cinco eram para artistas nascidos ou radicados em Santa Catarina, e todos os participantes podiam inscrever até três projetos. Os critérios do 3º Articidade eram apenas que as performances fossem realizadas na cidade.

— Antes, as performances estavam sempre veiculadas à exposições de arte. Elas eram anunciadas, divulgadas. O que nós queremos é que ela faça seu papel no contexto de absurdo, de causar estranhamento e impacto — afirma Alena.

O projeto é baseado na arte da performer Mariana Abramovic, considerada a "avó" da performance, já que a artista sérvia é uma das pioneiras nas artes performáticas. Foi ela, por exemplo, que criou o trabalho "O Artista Está Presente", em 2010, que foi apresentado pela atriz Ângela Finardi na praça Nereu Ramos, em Joinville, em maio, quando o Articidade propôs metaapresentações a artistas locais.

— As pessoas tinham as reações mais diferentes possíveis. Algumas passavam e fingiam que não viam, outras vinham perguntar o que estava acontecendo e três sentaram na cadeira à minha frente para falar comigo — conta Ângela.

Ela é uma das selecionadas pelo edital com o projeto "In Decências", que apresentará em elevadores, onde estará lendo contos eróticos em voz alta.

— Quero ver a reação das pessoas, já que os brasileiros se dizem tão abertos em relação à sexualidade — avalia ela, que avisa: é preciso ter coragem para fazer performances.

Quando apresentou "Cut Pieces", performance que Lucas David e Robson Benta também encenaram e na qual o artista oferece uma tesoura para que os transeuntes cortem suas roupas, Ângela chegou a ter os cabelos cortados: prova que a performance é o vale-tudo das artes.

Os selecionados pelo Articidade

Aline van Langendonck e Pedro Cappeletti, "Inventário de Paisagem Escalonada".
Ângela Finardi, "In Decências".
Angela Waltrick, "Corpo em Trânsito".
Coletivo ?, "Transe/trânsito/transitório".
Letícia Ramos, "Eutrânsito".
Mariana Zimmermann e Sabrina Lopes, "Fedor do Animal".
Priscila dos Anjos, sem título.
Robson Benta, "O Príncipe Chegou".

A NOTÍCIA
fernanda pozza da costa / Arquivo Pessoal

A atriz Ângela Finardi na metaperformance "O Artista está Presente", que ocorreu em maio
Foto:  fernanda pozza da costa  /  Arquivo Pessoal


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