Os 26 anos da Cinemateca Catarinense serão celebrados com uma mostra na sala de exposições do Museu da Imagem e do Som de Santa Catarina (MIS), no Centro Integrado de Cultura (CIC), em Florianópolis. É um encontro para exibição, reflexão e debates que começa hoje e vai até o dia 10.

A Mostra 26 foi dividida em dois eixos. O principal será uma homenagem ao responsável pela propagação dos ideais da arte moderna no Estado: o Grupo Sul. Membros dele eram também responsáveis pelo Clube de Cinema do Círculo de Arte Moderna, e mantinham a publicação regular de textos sobre o tema na revista modernista Sul.

A programação da mostra principal tenta ser uma síntese do debate sobre a sétima arte em foco na revista, dividido entre comédia popularesca e musical produzida pela Atlântida, no Rio de Janeiro e o modelo de desenvolvimento industrial capitaneado pela Vera Cruz, em São Paulo.

Era a essa última corrente que os membros do grupo desejavam se integrar naquele momento. Daí a presença na programação de filmes como Floradas na Serra (1954), Caiçara (1950), Terra é Sempre Terra (1951), Na Senda do Crime (1954) e Apassionata (1952).

Mas o foco dos cinéfilos catarinenses não se restringia à produção brasileira. Eles estavam atentos também ao cinema europeu - particularmente ao italiano e francês, e aos ecos dessas correntes no Brasil.

Produção do Estado também será destaque

A segunda mostra do evento será dedicada ao cinema catarinense, em um panorama sintético da produção de curtas do Estado. Ela será feita com projeções em 35mm, formato original dos filmes programados, que são parte do acervo do MIS.