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Itapema FM  | 25/04/2012 14h07min

Saiba quem são Lennon, Ringo e Harrison de Santa Catarina

Catarinenses foram batizados em homenagem aos Beatles

Na carteira de identidade de um professor universitário de São José, coexistem dois grandes nomes da música dos anos de 1980. Mike Lennon Machado, 30 anos, nasceu em 1982, meses após a morte de John Lennon.

— Pessoas escutam a banda, mas tenho o nome do Lennon. Me sinto mais fã por isso — diz.

— Meu pai quis fazer uma homenagem ao John. Como sempre gostou dos Rolling Stones, decidiu associar os dois nomes — conta.

Também fã de Beatles, Mike destaca que o nome contribuiu para que encontrasse pessoas com afinidades.

— Quem conhece essas bandas, quer saber quem eu sou. Isso acabou me aproximando de amigos que gostam das mesmas músicas que eu — afirma.

Mick Lennon não é o único da família a ter nome de beatle. Um primo de segundo grau chama-se George Harrison Machado Candido. O professor explica que o pai, Amilton Machado, foi o grande disseminador, na família, do "beatlemanismo", uma espécie de religião ligada à banda que vem sendo passada de geração em geração. Por isso, Mick não descarta a possibilidade de nomear um dos futuros filhos com o nome de Paul, na esperança de se finalizar o quarteto na família.

— Faltaria o Ringo para completar — brinca.

O professor espera ter o espírito crítico de John Lennon e a energia de Mick Jagger. Ter nomes de músicos famosos, para ele, é uma maneira de registrar personalidades que marcaram época. E ressalta que ter nome de beatle obriga a pessoa a gostar ou, pelo menos, conhecer suas músicas.

O beatlemaníaco Cristfan Candido, 37 anos, de Passos de Torres, foi o responsável pela nomeação do segundo integrante dos Beatles na família. Ele é o pai de George Harrison, 9 anos. A escolha foi uma homenagem ao músico que havia morrido no ano anterior, 2001.

— A gente acompanha a carreira da pessoa e ela parece próxima. Quando morre, bate aquela tristeza — explica Cristfan, que é primo de Mick Lennon.

A mãe de George, que não era fã da banda, comoveu-se com o sentimento do marido e aprovou o nome.

— O George gosta bastante dos Beatles, canta Help, Twist and Shout. Ainda bem — conta o pai.

 

Um nariz igual ao do Ringo

Outro pai fã é Ciderlei Antônio da Silva, 43 anos. Quando chegou o segundo filho, ele quis batizar com o nome mais incomum do quarteto britânico: Ringo.

— É um nome diferente, não iria ter um outro — diz o pai do Ringo catarinense.

O tempo foi passando e o bancário de Seara, no Meio-Oeste catarinense, foi deixando os discos de lado. Agora, ele percebe a influência do nome que deu ao filho. Aos 16 anos, Ringo Silva, comprou um toca-discos legítimo e não tira os LPs dos Beatles do equipamento.

— Todo mundo aqui em em casa é obrigado a gostar da banda — conta Ciderlei, que agora pede para o filho baixar o volume.

Apesar do homônimo ser baterista, o jovem decidiu tentar aprender violão e brinca:

— Tentei tocar as músicas dos Beatles no violão, não deu muito certo. Não sei se tenho muito jeito para música, mas o nariz grande como o Ringo eu tenho.

DIÁRIO CATARINENSE
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