Em 8 de dezembro de 1980, os jornais do mundo noticiavam a morte do beatle John Lennon. Em Florianópolis, o adolescente Luiz Flávio Tonolli, soube da notícia quando voltava do colégio. Eram momentos tensos. Santa Catarina havia sido palco da Novembrada, meses antes, e nosso país dava os primeiros passos para a abertura política. Mesmo naquele momento conturbado, Tonolli passou a se interessar pelo quarteto londrino.

— Devido àquela informação, comecei a me interessar por Beatles — revela Tonolli, hoje com 44 anos, que ainda guarda uma revista da época que relata o fato. Daí, comprou o primeiro disco do grupo inglês, o princípio da coleção.

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E se alguém acredita que esta é a única coincidência na vida do assistente administrativo relacionada aos cidadãos mais famosos de Liverpool, o ardoroso fã se orgulha de outro momento especial, numa prova de que a paixão pela música pode ser transmitida geneticamente.

—  Minha filha deu os primeiros passos quando a TV exibia um show do Beatles, em Washington D.C. Ela começou a andar na frente da televisão, ao som de She Loves You. Isso me marcou muito — recorda o pai orgulhoso.

Luiz Flávio já foi aos shows do Paul no Rio e Curitiba. Em 2010, levou Ana Carolina (hoje com 19 anos) para a apresentação de Porto Alegre. Desta vez, o grupo será maior: vai a namorada dele, Maria, e o namorado da filha, Lucas. A promessa é de abraços e lágrimas ao longo da noite do dia 25.