| 03/04/2012 06h10min
O palco e o repertório podem não ser os mesmos, mas há algo em comum nas sete apresentações de Paul McCartney no Brasil, além de, é claro, da presença do próprio músico. Todas as oportunidades em que o beatle pôs os pés no País, lá estava Sônia Regina Machado Machado, 57 anos, em meio aos que garantiram um espaço privilegiado na plateia.
GALERIA: confira imagens da beatlemaníaca
O roteiro de Paul desde 1990 por São Paulo, Rio de Janeiro, Curitiba e Porto Alegre também foi percorrido pela fã paulista, que mora em Joinville há quatro anos. A soma ainda inclui shows na Argentina, Liverpool e Londres, contabilizando 11 performances assistidas ao vivo.
— Agora, o show é no meu quintal —, brinca Sônia, que já garantiu o ingresso para ver Paul em Florianópolis e em Recife, e se autointitula Sônia MacCartney.
— Eu não me lembro de nada do primeiro show dele que fui. Chorava tanto, estava tão emocionada que não guardei detalhes, assim como no meu casamento —, conta.
De tão nervosa, a professora de português e inglês não chegou a tirar fotos do primeiro encontro visual com o ídolo, no entanto, hoje tem muito mais que registros fotográficos. Entre revistas, livros, objetos, uma tira de pano é o seu xodó. Foi o que restou de uma toalha que Paul jogou ao público em uma das apresentações.
Qualquer caneta, botton com o nome The Beatles ou cartaz de show vira uma recordação. A coleção enche toda uma cama de casal, e é muito bem guardada por Sônia.
— Vai ficar de herança para os meus neto —, presume.
Sônia diz que os três filhos e o marido até entendem a idolatria, mas não escondem que, em certos momentos, o fanatismo atrapalha.
— Deixei de ir à primeira comunhão do meu filho, e de passar o Natal com o outro em Portugal —, assume.
Os compromissos desmarcados são apenas uma parte do ônus de acompanhar Paul a qualquer custo. Para estar nos 11 shows do astro, Sônia também precisou apertar os cintos, e até se endividar.
— Sei mais ou menos quanto gastei, mas não posso contar —, esconde a fã, que costuma bancar os melhores lugares junto ao palco.
As despesas ainda incluem viagens e hotéis.
— Minha casa é simples, não bebo e não fumo. O único luxo que tenho é esse —, justifica.
O mais próximo que ela ficou de Paul foi no Rio de Janeiro, no ano passado, quando o músico saía do Copacabana Palace dentro de um carro. A fã também chegou a pegar na mão do guitarrista da banda de Paul, Rusty Anderson. O momento foi registrado e estampa o perfil no Facebook.
A paixão de Sônia pelo britânico começa como na maioria dos fãs: com o Fab Four. Ela tinha só 12 anos quando despertou a preferência por Paul.
— Sempre foi meu preferido. Seu jeito romântico combina comigo —, revela.
Paul é admirado por Sônia como artista e ser humano. A paulista tem orgulho de dizer que é vegetariana, assim como o ídolo.
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