A volta de Kate Bush, o adeus do R.E.M. No rock, a estreia do The Vaccines, a confirmação do Black Keys. No Brasil, o estouro de Criolo, a reverência a Chico Buarque. A quase unanimidade em torno de Wasting Light, do Foo Fighters. Foram vários os bons discos de 2011, com destaque para uma ampla e já não tão nova onda folk que vem dos EUA (Fleet Foxes, The Decemberists, My Morning Jacket) e para as vozes femininas da Grã-Bretanha — além de Kate Bush e de PJ Harvey, que entraram na lista acima, este foi um ano, entre outras, de Florence Welsh, do Florence & The Machine, que lançou Cerimonials e que vai tocar em Florianópolis no verão.

No ano da trágica morte de Amy Winehouse, quem se afirmou foi outra cantora vinda de Londres. Adele estourou em 2008, com 19, mas alcançou a consagração neste ano, com 21, líder de vendas e execuções na Europa e nos EUA. De Manchester vieram as duas consequências práticas, para os fãs, da separação dos irmãos Gallager e do fim do Oasis. Tanto o disco de Noel, o guitarrista (Noel Gallagher's High Flying Birds), quanto da nova banda de Liam, o vocalista (Beady Eye), estão entre os destaques da temporada.

E o rap, como pregam críticos mundo afora, afirmou-se como o novo rock. No Brasil, por exemplo, para além do barulho em torno de Criolo — ecoado por Chico Buarque, outro autor de um grande disco de 2011 —, houve a confirmação de Emicida, o Artista do Ano no VMB da MTV. Junto à nova geração de artistas que vêm renovando a MPB (Cícero, Thiago Pethit, Marcelo Jeneci, entre outros), constitui a notícia do ano na música brasileira.

Os 10 discos de 2011

21, de Adele: a voz de 2011
Chico, de Chico Buarque: um Chico apaixonado
Wasting Light, do Foo Fighters: o rock não morreu.
Different Gear, Still Speeding, do Beady Eye: Liam > Noel.
Noel Gallagher's Hogh Flying Birds, de Noel Gallagher's High Flying Birds: Noel > Liam.
El Camino, do Black Keys: o blues-rock revitalizado.
Nó na Orelha, de Criolo: evoé, jovem artista.
50 Words for Snow, de Kate Bush: o calor da neve.
Collapse into Now, do R.E.M.: it's the end of the world as we know it (everybody hurts).
Let England Shake, de PJ Harvey: um épico contemporâneo.