A posição de primeiros, segundos e terceiros lugares do 29º Festival de Dança de Joinville estava diluída no palco do Grand Prix Brasil, em Paulínia. Já não importava mais a colocação obtida no Centreventos Cau Hansen: os grupos passaram a ter a mesma oportunidade de concertar erros, repetir acertos, e conquistar novos jurados.

Essa chance a mais explica o resultado da mostra competitiva realizada no interior de São Paulo, que tinha a meta de encontrar a melhor das melhores apresentações passadas por Joinville em julho deste ano. Dos quatro vencedores, cada um de categorias específicas – infantil, júnior, sênior e avançado –, dois sequer tinham passado pela Noite dos Campeões.

A coreógrafa Mylla Braga, do Grupo de Dança Millennium, de Itajaí, apostou em seus bailarinos e, mesmo com o segundo lugar na modalidade conjunto de danças urbanas, viajou para Paulínia na esperança de dar à coreografia “Causa e Efeito” uma nova chance. “Eu acreditava que poderíamos conseguir algo a mais”, diz Mylla. “Minha intenção era agradar aos jurados, mostrando força de movimento por parte das meninas”.

Com “Causa e Efeito”, o grupo catarinense propôs uma meta-dança. “Tentei representar os modismos que são incorporados pelas danças urbanas, apresentando-os como efeito”, explica a coreógrafa, que também levou o Millennium ao pódio no Festival de Dança de 2007. Com o prêmio conquistado no Grand Prix, os catarinenses voltam para o Festival de Dança de Joinville em 2012 com todas as despesas pagas, assim como o conjunto infantil da Sheila’s Ballet e o bailarino Adhonay Soares, do Centro Cultural Gustav Ritter.

* A repórter Rafaela Mazzaro viajou a convite do Instituto Festival de Dança de Joinville.

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