O Carnaval é a festa do tamborim, do surdo e do repique – mas também dos toca-discos. Nos próximos dias, alguns dos maiores nomes da eletrônica mundial – como os franceses Bob Sinclar e David Guetta e o britânico Fatboy Slim – vão soltar suas batidas em casas noturnas do litoral do Rio Grande do Sul e de Santa Catarina (veja as datas e locais abaixo).

Nas gaúchas Capão da Canoa e Xangri-Lá e nas catarinenses Camboriú e Florianópolis, o reinado de Momo será marcado pela celebração dos príncipes das picapes. Todos os três artistas citados acima são nomes cuja idolatria não se limita ao público das pistas de dança – são nomes que também fizeram fama no circuito pop mundial. Fatboy Slim é o caso clássico, com hits reconhecíveis em todo canto, como The Rockafeller Skank e Praise You. David Guetta e Bob Sinclar despontaram mais recentemente – o primeiro assina, entre outras parcerias, a produção do megahit I Gotta Feeling, dos Black Eyed Peas, e o segundo lançou Love Generation, que se tornou o tema informal da Copa do Mundo da Alemanha em 2006.

O fato é que eles e outros medalhões da eletrônica mundial – como o holandês Armin Van Buuren e o americano Kaskade, que também estarão aqui – descobriram que suas batidas podiam repercutir bem em terras brasileiras no período carnavalesco. Tanto que todos eles vão tocar também em outras praias do país – Guetta estará em Salvador na próxima semana, e Fatboy e Sinclar estão na programação do evento Rio Music Conference, no Rio.

– Nessa época, todos eles vêm ao Brasil. Em julho e agosto, por exemplo, é quase impossível trazê-los para cá, porque é a época dos carnavais de verão da Europa, e eles estarão tocando em lugares como Ibiza e Saint-Tropez – diz Guga Garcia, um dos sócios do Maori Beach Club, de Xangri-Lá, que amanhã terá Bob Sinclar em uma das pistas.

Se a presença dos DJs nas festas de Carnaval vinha crescendo nos últimos anos, este 2011 representa a consagração do estilo – pelo menos nas maiores casas noturnas do litoral de Rio Grande do Sul e Santa Catarina.

– Todos esses DJs vêm com turnês internacionais, e os empresários dessas turnês procuram parceiros entre as produtoras e casas do Brasil. Santa Catarina virou um polo eletrônico, há quem chame de Ibiza brasileira, e aí os empresários viram mais o mercado do Rio Grande do Sul também – afirma Garcia.