Itapema FM | 02/03/2011 07h57min
Pertence à banda americana Train um dos grandes hits dos últimos meses. A canção Hey, Soul Sister é o mote da atual turnê do grupo, atração do Pop Music Festival no dia 15, em Porto Alegre, ao lado de Shakira, Fatboy Slim, Ziggy Marley e Chimarruts.
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Hey, Soul Sister, com sua simplicidade melódica, resume bem o som do Train – mas não é seu único hit. O grupo surgiu há 17 anos e fez fama nos EUA ainda na década de 1990, tocando canções pop redondas, temperadas ora com energia roqueira, ora com suingue funkeiro. O estrelato veio com o segundo disco, Drops of Jupiter (2001): a faixa-título ganhou dois prêmios Grammy – um deles, o de Melhor Canção de Rock.
O guitarrista da banda, Jimmy Stafford, identifica na conquista do Grammy um ponto crítico na trajetória do Train. Ele conta que, depois do prêmio, o grupo se sentiu provocado a escrever canções que repetissem a vitória – o que, ele mesmo admite, nem sempre funciona. Um grande hit ainda viria, Calling All Angels (2003), mas a banda entrou em crise e inclusive parou entre 2006 e 2009.
– Estávamos criando canções pelos motivos errados, e a química estava errada, dentro da banda e nos negócios do grupo. Precisamos parar, ajustar algumas coisas, e aí pudemos seguir, felizes pelos motivos certos – relembrou Stafford, por telefone, na segunda-feira.
O disco Save Me San Francisco (2009), com Hey, Soul Sister no repertório, recolocou o grupo nos trilhos. O sucesso da canção, que levou o Grammy de Melhor Performance Pop de um Grupo ou Duo Vocal, ajudou Stafford, o vocalista Patrick Monahan e o baterista Scott Underwood – com dois músicos extras no palco – a visitar territórios antes desconhecidos para eles, como Japão e América do Sul.
– A sensação é de que somos, outra vez, uma banda nova – diz o guitarrista.
Entrevista
Por telefone, do Havaí, onde o Train iria tocar na segunda-feira à noite, Stafford falou a Zero Hora sobre o momento da banda:
Zero Hora – Como foi para vocês ganhar o Grammy este ano?
Jimmy Stafford – Foi incrível. Era nossa terceira vez lá, a segunda em que ganhamos. Funcionou como a cereja no bolo, porque esse disco é, para nós, um retorno, e está indo muito bem. Não esperávamos ganhar, então tivemos uma boa surpresa.
ZH – É desafiador tocar para pessoas que conhecem apenas uma ou duas músicas da banda?
Stafford – Sim, mas também é divertido. Porque as pessoas vêm para ouvir mais do que só aquela única canção – e, se tudo dá certo, elas ficam interessados em conhecer mais da nossa música. Não há nada que se compare. Eu prefiro tocar para uma plateia nova do que voltar a um lugar onde já tocamos várias vezes. Não há nada como ver os sorrisos dos novos fãs.
ZH – Como surgiu o nome Train?
Stafford – Não há uma história, na verdade. É um nome bobo que nos ocorreu, aí ficou popular e tivemos que mantê-lo (risos).
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