| 21/07/2010 11h07min
Apesar da bela estreia em março, “Giselle” ainda é um espetáculo a ser lapidado pelos alunos da Escola do Teatro Bolshoi do Brasil. E não é só por isso que, na Noite de Gala, ele provavelmente não será o mesmo visto durante as comemorações dos dez anos da instituição.
Salvo o corpo de baile praticamente intocável, os papéis principais, que na primeira vez foram dos solistas Natalia Osipova e Ivan Vasiliev, passam a ser interpretados pelos também russos, Marianna Ryzhkina e Andrei Uvarov, primeiros bailarinos do Bolshoi de Moscou, que trazem ao festival uma nova roupagem ao drama escrito por Theóphile Gautier, em 1841.
A linguagem de “Giselle” é universal, ao mesmo tempo em que é didática para a plateia, segundo a bailarina Cecília Kerche, que veio a Joinville para ensaiar o grupo.
— Apresentações como esta são ótimas para o público saber de onde vêm os trechos que eles estão acostumados a assistir —, garante a primeira bailarina do Theatro Municipal do Rio de Janeiro.
O balé completo de dois atos faz o contraste entre o cenário de um vilarejo para o de um cemitério, ao passo que a trama sai do enredo romântico para mergulhar no drama.
A escolha de um dos balés de repertório mais antigos para a Noite de Gala, coroa o ingresso da Escola Bolshoi junto ao Festival, no espaço em que já ocuparam companhias consagradas, como a São Paulo Companhia de Dança e Raça Cia. de Dança.
Na verdade, este é o retorno da tradicional escola russa na noite especial do festival. Na edição de 2008, os solistas Natalia Osipova e Andrey Bolotin, do Teatro Bolshoi de Moscou, junto aos bailarinos brasileiros da escola, apresentaram “Don Quixote”, de Vladimir Vasiliev.
O espetáculo conta a história da camponesa Giselle, que se apaixona por Albrecht, nobre disfarçado de aldeão. Revelada a verdadeira identidade do rapaz, Giselle fica inconsolável. A dor da decepção é a causa da sua morte. Para que sua alma não seja tomada pelas willis, fantasmas de donzelas que morrem às vésperas do casamento, Albrecht tenta salvá-la.
Entre o primeiro e o segundo ato, a mudança cenográfica dá ao clássico romântico a oportunidade de explorar todas as aspirações técnicas e dramáticas da dança. Das alegres cores do campo do primeiro ato, o segundo, embalado pela névoa e luz azul, evoca um momento tenso, mas que se torna mágico pelos movimentos líricos das willis.
O espetáculo conta a história da camponesa Giselle, que se apaixona por Albrecht, nobre disfarçado de aldeão
Foto:
Divulgação/Nilson Bastian
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