A cesta básica apresentou alta no mês de outubro em 12 das 16 Capitais pesquisadas pelo Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese). O levantamento mensal Pesquisa Nacional da Cesta Básica apontou as maiores elevações em Curitiba (4,13%), Brasília (3,80%), Florianópolis (3,36%) e Vitória (3,00%). Os recuos mais expressivos foram apurados em Porto Alegre (-3,03%) e Salvador (-2,97%).

O custo mais elevado para os produtos básicos foi registrado em São Paulo, com alta de 1,41%, fixando o valor em R$ 174,77. Em Porto Alegre, o preço ficou em R$ 168,34. Os menores valores ocorreram em Salvador (R$ 124,39) e Fortaleza (R$ 129,92).

Embasado no custo apurado em outubro, em São Paulo, o valor do salário mínimo necessário deveria ser de R$ 1.468,24, ou seja, 4,89 vezes o piso vigente. Em setembro, o salário mínimo necessário e sua relação com o valor em vigor era pouca coisa menor (R$ 1.458,42 e 4,86 vezes). O cálculo leva em consideração consideração o preceito constitucional que estabelece que o salário mínimo deve ser suficiente para manutenção de uma família.

Em sete das 16 capitais onde a pesquisa é realizada o preço do conjunto de gêneros essenciais registrou variação negativa entre janeiro e outubro deste ano. As retrações mais significativas ocorreram em Goiânia (-5,79%), Porto Alegre (-3,67%), Brasília (-2,35%) e Belém (-2,17%).

Por outro lado, entre as nove localidades onde foram apurados aumentos, os mais expressivos deram-se em Recife (6,87%), Curitiba (5,55%), Fortaleza (4,16%) e João Pessoa (4,14%). Após dois meses nos quais o acumulado em um ano foi negativo em todas as capitais pesquisadas, no período de doze meses encerrado em outubro, cinco capitais apresentaram alta. Em Recife (6,16%), o aumento é significativo, e nas outras quatro, mais modesto: Fortaleza (1,97%), Aracaju (1,45%), Curitiba (1,01%) e Vitória (0,62%). Nas outras 11 localidades acompanhadas, o acumulado é negativo, variando de -0,78%, em Natal, a -6,62%, em Belo Horizonte.

Apesar do predomínio de alta no custo total da cesta básica nas localidades pesquisadas, entre os produtos acompanhados apenas três apresentaram elevação: carne, tomate e açúcar. Os demais itens registraram recuo na maioria das cidades.

DIEESE