O Conselho de Ética e Decoro Parlamentar da Câmara dos Deputados está apreciando nesta manhã o processo contra o líder do PL, Sandro Mabel (GO). O deputado Benedito de Lira (PP-AL), relator do processo, concluiu há pouco a leitura do relatório e afirma que vai recomendar a absolvição do líder do PL por falta de provas.

Um acordo entre os integrantes do Conselho permitiu ao relator a leitura apenas das duas últimas páginas do documento. No relatório, constam declarações elogiosas do governador Marconi Perillo a Mabel e trechos do interrogatório de Raquel Teixeira pelo deputado Chico Alencar (Psol-RJ) no Conselho. O documento é finalizado com a deputada admitindo que as acusações são "palavra de um contra o outro".

Benedito disse que investigou os documentos das CPIs mas não encontrou nada que confirmasse a denúncia de que Mabel teria oferecido à deputada Raquel Teixeira (PSDB-GO) R$ 1 milhão de “luvas” e mais R$ 30 mil por mês para que ela trocasse o PSDB pelo PL. O relator afirmou que não se sente constrangido em pedir o arquivamento do processo e disse que o depoimento do governador de Goiás, Marconi Perillo, prestado por meio de um questionário, ajudou Sandro Mabel.

– Não me sinto constrangido em pedir o arquivamento nem mesmo na minha base eleitoral. Não se pode cassar um mandato popular simplesmente por cassar – afirmou Benedito, um pouco antes do início da sessão.

Marcelo Bessa, advogado de Sandro Mabel, disse que não lhes interessa uma vitória no Conselho que não examine o mérito das acusações, porque Mabel tem certeza de sua inocência. Conforme o advogado, Raquel Teixeira é a única que acusa o líder do PL de ter-lhe oferecido dinheiro.