| 26/10/2005 11h43min
O deputado Josias Quintal (PSB-RJ) no Conselho de Ética vai recomendar a cassação do mandato do deputado Romeu Queiroz (PTB-MG), acusado de receber recursos irregulares das contas do empresário Marcos Valério. O julgamento de Queiroz começa às 14h30min, com a leitura do relatório e do voto de Quintal pela cassação. Mas o deputado Nelson Marquezelli (PTB-SP) anunciou que vai pedir vista e a votação do caso deverá ocorrer somente na próxima semana.
Romeu Queiroz é acusado de receber indevidamente recursos do empresário mineiro. Dois assessores de Queiroz aparecem na lista de Simone Vasconcellos, diretora da SMP&B. Eles fizeram dois saques, um de R$ 50 mil em julho de 2003 e outro de R$ 300 mil em janeiro de 2004. Além desses R$ 400 mil, o deputado mineiro recebeu R$ 102 mil da Usiminas via SMP&B. Em sua defesa, Queiroz argumentou que foi orientado pela direção nacional do PTB a fazer os saques para pagar despesas de campanha no Estado.
Josias Quintal está convencido de que Queiroz não se apropriou dos recursos, mas que o dinheiro não foi declarado na Justiça Eleitoral, o que caracteriza o caixa dois, motivo pelo qual deve perder seu mandato. Queiroz disse que os R$ 102 mil que recebeu da Usiminas foi repassado para campanhas do interior do estado, mas não apresentou comprovação.
O deputado Benedito de Lira (PP-Al), relator do processo contra Sandro Mabel (PL-GO), entrega nesta quarta seu relatório ao Conselho de Ética. Ele irá pedir a absolvição do líder do PL, ou seja, o arquivamento do caso. Ainda não foi marcado o início do julgamento.
Sandro Mabel será absolvido pelo relator por falta de provas. Acusado inicialmente pelo ex-deputado Roberto Jefferson (PTB-RJ) de fazer parte do esquema que operava o mensalão na Câmara, Mabel negou o fato em bate-boca com o petebista no Conselho de Ética. Depois, foi acusado pela deputada Raquel Teixeira (PSDB-GO) de propor a ela mudar de partido, ir para o PL, em troca de uma luva de R$ 1 milhão e mais R$ 30 mil por mês. Raquel não comprovou a acusação. Para Benedito de Lira, a acareação feita entre os dois não comprovou nada. O relator foi até contrário a realização da acareação.
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