Apontado como um dos presidenciáveis dentro do PSDB, o governador de São Paulo, Geraldo Alckmin, disse nesta segunda que o presidente Lula enfrentará uma situação dificílima para se reeleger nas eleições do próximo ano. O motivo seria as denúncias que pesam sobre o PT e o governo dele.

– Acho que há uma situação dificílima para o presidente Lula, porque existe uma perda de credibilidade enorme. O governo tem um nível de aprovação baixíssimo. O presidente é um forte candidato no primeiro turno, tem tudo para ir para o segundo turno, mas terá grande dificuldade nesta etapa – disse Alckmin.

O governador paulista minimizou ainda o resultado das últimas pesquisas de intenção de voto, que o colocam oito pontos atrás de Lula numa hipotética disputa no segundo turno eleitoral. Por essas sondagens, Lula só perderia a eleição para o também tucano José Serra, prefeito de São Paulo.

– Uma diferença de oito pontos significa apenas quatro. É uma virada de quatro pontos. Lembro do Covas (Mário Covas, ex-governador do Estado) 20 pontos atrás do Maluf, e ele ganhou no final com 2 milhões de votos à frente. Ainda é muito cedo. Pesquisa um ano antes é retrato de momento – afirmou o governador, referindo-se à margem de erro das pesquisas, geralmente de dois pontos para baixo e dois pontos para cima.

Perguntado se estava animado com esses números, Alckmin evitou assumir sua candidatura:

– Vamos deixar para o ano que vem.