| 19/10/2005 17h40min
As vendas de carne bovina ao consumidor, no Sul catarinense, já caíram até 30% desde que foi dado o alerta sobre um foco de aftosa no Mato Grosso do Sul na semana passada.
Por causa das barreiras sanitárias impostas, os maiores supermercadistas da região de Criciúma estão negociando a compra do produto com fornecedores catarinenses e gaúchos.
A preocupação com o abastecimento aumentou a disputa entre os fornecedores e elevou os preços em até 10%, segundo o chefe de expedição de uma rede de supermercados da cidade, Daniel Cristian.
Antes, a carne comercializada na rede era comprada em três fornecedores do Mato Grosso, e agora o produto é comprado de um frigorífico do Rio Grande do Sul.
– Para nós, tem sido mais vantajoso comprar a carne gaúcha. Além da diferença no quilo ser significativa, não temos despesa com transporte e o produto chega mais rápido. Acredito que permaneceremos com esse fornecedor quando o problema passar – planeja Cristian.
O tempo necessário para sanar o problema é outra preocupação. O gerente de negócios na área de carnes de outra rede supermercadista, Mário Silvestre, acredita que o mercado do Sul do Estado mantenha-se abastecido por mais 60 dias.
A partir daí, os supermercadistas entrariam em crise porque Santa Catarina não é autosuficiente na criação de carne bovina.
– Registramos queda de 7% nas vendas como reflexo da insegurança e preocupação do consumidor, que passou a comprar aves, peixes e suínos. Seguramente a população retomará o consumo de carne bovina em breve – disse Silvestre.
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