| 13/09/2005 22h12min
Segunda testemunha de José Dirceu (PT-SP) a depor no processo de cassação do deputado no Conselho de Ética da Câmara, o ex-ministro de Ciência e Tecnologia e deputado Eduardo Campos (PSB-PE) negou ter conhecimento da existência do suposto mensalão até que o deputado Roberto Jefferson (PTB-RJ) fizesse as denúncias.
Com respostas curtas, quase lacônicas, Campos disse que nunca ouviu falar de Marcos Valério de Souza e afirmou não ter evidência de que Dirceu estivesse no comando do PT enquanto ocupou a Casa Civil, até junho. O parlamentar minimizou a importância do colega nos 30 meses em que comandou a pasta no governo Luiz Inácio Lula da Silva:
– Criou-se a impressão de que José Dirceu tinha uma interferência muito maior do que efetivamente tinha – disse Campos.
Indagado pelo relator do processo, o deputado Júlio Delgado (PSB-MG), sobre a possibilidade de Dirceu ter coordenado o esquema de caixa 2 do PT na Casa Civil, Campos avaliou como "muito difícil".
Campos também afirmou que, quando ministro, nunca houve interferência de José Dirceu nas nomeações de cargos. O deputado também afirmou nunca ter participado de compra de votos em 2003, quando foi líder da bancada do PSB na Câmara dos Deputados. Mesmo nos pedidos de apoio para parlamentares de oposição, Campos disse que as negociações eram sobre o conteúdo dos projetos.
Campos disse ainda que nunca encontrou com o ex-tesoureiro do PT Delúbio Soares ou com o ex-secretário-geral do partido Silvio Pereira enquanto freqüentou a Casa Civil.
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