Após ter percorrido um caminho difícil e cansativo, com uma maratona de jogos, o Atlântico agora quer usar a ansiedade a seu favor, em forma de motivação, e não como sua inimiga. No domingo, dia 11, o time gaúcho decide a Liga Nacional de Futsal com a catarinense Malwee, em Brusque.

Para melhorar a condição emocional, os atletas ganharam dois dias de folga, e se reapresentaram ontem à noite. Segundo a estudante de Psicologia que faz estágio extracurricular no clube, Rafaela Bertoldi, o descanso só tende a colaborar.

– Rever familiares e amigos é muito importante neste momento. Trata-se de um grupo muito unido, com uma determinação surpreendente. Por outro lado, temos de controlar a ansiedade dos jogadores – analisou a estudante de 21 anos, que está há três meses no Atlântico.

Já no retorno à concentração, ontem às 21h, os jogadores realizaram exercícios aeróbicos e conversaram com Rafaela. Hoje pela manhã, farão reforço muscular e, à tarde, começam os treinos com a bola.

Segundo o preparador físico Elton Vechia, é preciso adaptar o time ao estilo de jogo da Malwee. Além disso, o pivô Vereia não poderá participar da decisão de domingo pois cumpre suspensão – ele recebeu o terceiro cartão amarelo no primeiro jogo. Eric deverá entrar em seu lugar de acordo com o treinador Paulo Mussalem, que aproveitou o descanso para rever a família no Rio de Janeiro.

Outra preocupação da comissão técnica é a situação física dos jogadores, devido à maratona de jogos. Só na semana passada, o Atlântico disputou três partidas pelas semifinais da Liga contra a Ulbra. Depois, o time retornou a Erechim, treinou e, novamente, pegou a estrada rumo à Tapejara, a cem quilômetros de distância, onde enfrentou a Malwee pela primeira partida das finais, na última segunda, dia 29.

A delegação do Atlântico segue hoje, ao meio-dia, para Santa Catarina, onde ficará concentrada até a hora da decisão.