| 23/08/2005 23h15min
Terminou há pouco o depoimento do ex-presidente do Banco Popular Ivan Guimarães na Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPI) dos Correios.
Em resposta aos senadores Arthur Virgílio (PSDB-AM) e Eduardo Suplicy (PT-SP) sobre o uso das verbas de publicidade pela instituição bancária, ele disse que só uma auditoria no plano de mídia aprovado pelo Banco do Brasil e pela Secretaria de Comunicação da Presidência da República poderá comprovar se as verbas foram efetivamente empregadas em propaganda.
O relator da comissão, deputado Osmar Serraglio (PMDB-PR), disse que o plano já está em poder da CPI e será analisado. Para ele, o depoimento de Guimarães serviu para demonstrar que os contratos de publicidade do Banco do Brasil são, no mínimo, "duvidosos".
Guimarães informou que, antes de deixar o cargo, solicitou uma auditoria na utilização das verbas de marketing da instituição para saber como os recursos vinham sendo gastos. Ele reafirmou que a definição sobre o uso desses recursos cabia ao Departamento de Marketing do Banco do Brasil.
Ao questionar o depoente, o senador Tasso Jereissati (PSDB-CE) disse que Guimarães entrou em contradição com o ex-diretor de Marketing do BB Henrique Pizzolato. Em seu depoimento na CPI, Pizzolato declarou que as verbas de publicidade do Banco Popular eram aplicadas pela própria instituição. Jereissati alertou Guimarães para o fato de que ele pode se tornar protagonista da "maior fraude" do governo do PT.
– A intenção era promover o microcrédito, mas o Banco Popular foi usado para desviar recursos para o PT e os partidos aliados do governo – disse o senador.
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