| 16/08/2005 18h40min
O presidente da União Nacional de Estudantes (UNE), Gustavo Petta, afirmou que, a exemplo da manifestação realizada hoje em Brasília, o movimento estudantil está programando mobilizações em todo o país. Segundo ele, já estão previstos atos públicos em São Paulo, Minas Gerais e Bahia. Os manifestantes, na maioria estudantes e integrantes de movimentos sociais, declararam-se contra a corrupção, em defesa de uma reforma política democrática, com financiamento público de campanhas eleitorais.
O presidente da União Brasileira dos Estudantes Secundaristas (Ubes), Marcelo Gavião, negou que a mobilização tenha caráter "chapa branca".
– Muita gente disse que somos chapa branca. Isso quer dizer o quê, que 40 mil pessoas são chapa-branca? Essas pessoas defendem a reforma política porque acham que só isso resolve o problema. Mudanças na política econômica, apuração das denúncias e punição dos culpados – afirmou o líder estudantil.
Levando bandeiras do Brasil e de várias entidades que organizaram o evento e gritando palavras de ordem, os manifestantes também cobraram a apuração rigorosa das denúncias de corrupção no país e pediram mudanças no rumo da política econômica do governo. O protesto teve mais de 10 mil pessoas, segundo os cálculos da Polícia Militar do Distrito Federal, e cerca de 40 mil, de acordo com os organizadores.
A manifestação foi promovida pela Coordenação dos Movimentos Sociais (CMS), que, além da UNE, reúne a Confederação Nacional de Associações de Moradores (Conam), o Movimento Nacional de Luta pela Moradia (MNLM), Central Única dos Trabalhadores (CUT), o Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST), a União Nacional por Moradia Popular (UNMP), a Central de Movimentos Populares (CMP), a União Brasileira dos Estudantes Secundaristas (Ubes) e a Pastoral da Terra, entre outras entidades.
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