A mais nova gaúcha de coração é a curitibana Maria Fernanda Cândido, bela com postura de diva, avessa à badalação, resguardando sua vida pessoal com zelo raro no meio artístico. A atriz de 31 anos é uma das estrelas que, de hoje a sábado, desfilam na Serra para dar brilho ao 33º Festival de Gramado – Cinema Brasileiro e Latino. Maria Fernanda chega na quinta, dia da exibição na mostra competitiva de Sal de Prata, longa de Carlos Gerbase em que interpreta Cátia, executiva que após a morte do namorado cineasta se dedica à filmagem de um roteiro dele.

Em entrevista por e-mail, Maria Fernanda, ganhadora do Kikito de melhor atriz por Dom (2003), seu primeiro filme, fala de Sal de Prata e cinema. Perguntas sobre seu namorado, o empresário francês Petrit Spahija, com que estaria de casamento marcado, claro, foram deixadas em branco.

Zero Hora - Como surgiu o convite para trabalhar em Sal de Prata?

Maria Fernanda Cândido - Marcos Breda (ator do filme) fez o contato com o Carlos Gerbase. Ele convidou-me, e eu aceitei depois de ter ficado encantada com o roteiro. Foi uma experiência maravilhosa. Hoje, digo a todo mundo que um pedaço do meu coração é gaúcho, tchê!

ZH - Cátia lembra você pela sofisticação. Essa imagem glamourosa corresponde a seu estilo de vida?

Maria Fernanda - Certamente não. A Cátia tem algumas lacunas a serem preenchidas. Algumas questões serão resolvidas ou, pelo menos, trabalhadas no decorrer do filme. Nossa intenção é fazer o público acompanhar essa trajetória.

ZH - Quais são seus filmes favoritos?

Maria Fernanda - Paris, Texas, Um bonde chamado desejo, Amores brutos, Lavoura arcaica, Quanto mais quente melhor, Acossado, O piano. Recentemente, As horas.

ZH - Sempre associaram você a Sophia Loren, uma das divas do cinema. Gosta dos filmes dela?

Maria Fernanda - Sim, adoro.

ZH - Você raramente é vista em badalações e revistas de fofocas. É difícil manter a privacidade sendo uma pessoa tão conhecida?

Maria Fernanda - Não é difícil. É apenas uma questão de opção.

MARCELO PERRONE/ZERO HORA