| 29/07/2005 22h32min
O deputado José Dirceu (PT-SP) pretende copiar a fórmula adotada por seu algoz Roberto Jefferson (PTB-RJ) ao depor no Conselho de Ética da Câmara dos Deputados nesta terça-feira.
Como fez o parlamentar que denunciou o suposto mensalão, Dirceu vai aproveitar o máximo de tempo para dar sua versão dos fatos. Vai se preocupar, sobretudo, em falar para o grande público e não tão somente em responder aos questionamentos dos parlamentares.
– O Roberto Jefferson soube muito bem agrupar uma série de acontecimentos e fatos para conduzir o depoimento a seu favor. As regras. O Zé está estudando todos os depoimentos e relacionando com sua agenda na Casa Civil e com o que foi feito no PT nos últimos anos – revelou um ex-assessor na Casa Civil que voltou a atuar na Câmara só para ajudar na defesa de Dirceu.
Não vai ser por falta de informação e documentação que Dirceu será mal-sucedido. São centenas de folhas de depoimentos e milhares de informações sobre agenda. Para reunir o montante de informações, o ex-ministro contou com a ajuda de assessores de confiança.
Dirceu está recluso nos últimos dias e tem recebido poucas pessoas. Na quinta-feira, ele telefonou para a assessoria de comunicação e pediu para ser incomodado "somente em casos extremos".
– Ele tem de se preparar psicologicamente para responder tudo. Saber todas as pessoas que recebeu na Casa Civil. Como deu-se o processo de determinadas nomeações. Ao mesmo tempo, terá de estar munido de todas as informações sobre a condução do partido, apesar de ter se afastado da presidência do PT em 2002 – contou um ex-assessor.
As informações são da Agência O Globo.
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