Osasco é o epicentro da ação entre amigos montada pelo PT no Estado de São Paulo. A convicção está firmada por parlamentares da CPI dos Correios .

O último lance é a descoberta de que a GDK Engenharia - uma das fornecedoras da Petrobras - doou em 2004 R$ 400 mil à vitoriosa campanha do atual prefeito de Osasco, Emidio de Souza (PT). O valor representa um sexto do total de doações da empresa a partidos na última eleição. Osasco é também berço eleitoral de dois caciques petistas envolvidos nos recentes escândalos de corrupção: o ex-presidente da Câmara dos Deputados João Paulo Cunha e o ex-secretário-geral do PT Silvio Pereira. Na época das doações, ambos estavam nos respectivos cargos.

Coincidência ou não, em agosto, mês da doação, a GDK venceu um contrato de R$ 200 milhões para fornecer material à Petrobras, operação que teria tido intermediação de Pereira. Quatro meses depois foi a vez do ex-secretário-geral ganhar um mimo de um dirigente da GDK, um jipe Land Rover avaliado em R$ 73 mil - motivo pelo qual Pereira foi estimulado a deixar a executiva e o PT.

Outra empresa que ajudou a bancar a eleição de Emidio foi a Estratégica Marketing e Promoções Ltda, que tem entre seus sócios Marcos Valério de Souza. O empresário é suspeito de intermediar o mensalão do PT em todo o Brasil. A empresa de Marcos Valério venceu a primeira etapa da concorrência pública feita pela prefeitura de Osasco para contratos de R$ 3 milhões em publicidade. O responsável pela licitação foi o cunhado de João Paulo, Vagner Pucharelli, chefe do Setor de Licitações da prefeitura. O contrato foi cancelado em 30 de junho.

As informações são do jornal Zero Hora.