Parlamentares da oposição e do governo disseram nesta terça-feira que os parlamentares da base aliada cujos assessores e parentes aparecem numa lista de pessoas que fizeram saques de altos valores nas contas do empresário Marcos Valério de Souza precisam se explicar, especialmente o ex-presidente da Câmara João Paulo Cunha (PT-SP). A mulher do petista, Márcia Regina Milanesi Cunha, aparece na lista como tendo sacado R$ 50 mil no Banco Rural em Brasília.

– Ele terá que vir para a CPI explicar. É bom para ele. Vai ter que justificar a origem. Se for caixa dois, é mais grave ainda e pode deixar muito mal o PT – afirmou o senador Heráclito Fortes (PFL-PI).

O deputado José Eduardo Cardozo (PT-SP) disse que vai esperar a explicação de João Paulo.

– Vou aguardar o posicionamento de João Paulo. Não devemos prejulgá-lo. Vamos ter que fazer uma avaliação desse caso – afirmou.

O senador Sérgio Guerra (PSDB-PE) disse que o caso de João Paulo é mais grave porque ele foi presidente da Câmara.

– Qualquer um teria que vir aqui explicar, mas no caso dele é um dos mais necessários explicação – afirmou.

O líder do governo na Câmara, Arlindo Chinaglia (PT-SP), não quis comentar o caso.

– Não vou falar nada. Sou líder do governo, não tenho nada a ver com isso.

João Paulo Cunha não foi encontrado para comentar o caso.

Foram encontrados ainda saques em nome de João Cláudio Genu, chefe de gabinete do deputado José Janene (PP), apontado como um dos operadores do suposto mensalão.

As informações são da agência O Globo.