| 28/06/2005 21h08min
O Ministério Público (MP) Federal pediu hoje ao presidente da Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPI) que investiga denúncias de corrupção nos Correios, senador Delcídio Amaral (PT-MS), que faça uma acareação entre o deputado Roberto Jefferson (PTB-RJ) e o ex-professor da Escola Naval Arlindo Molina.
Arlindo Molina é suspeito de tentar extorquir dinheiro de Roberto Jefferson, utilizando-se da filmagem em que o ex-chefe do Departamento de Contratação e Administração de Material dos Correios Maurício Marinho é flagrado recebendo propina de supostos empresários. A fita deu origem às denúncias.
No dia 3 de maio, Molina foi até o gabinete de Jefferson, acompanhado do senador e líder do PMDB no Senado, Ney Suassuna (PB), e do assessor deste, Henry Carvalho. Hoje de manhã, Ney Suassuna prestou depoimento no Ministério Público. Segundo nota da assessoria do senador, ele disse que falou com Jefferson "uma única vez, atendendo a uma solicitação do 'comandante' Molina, que argumentou ao senador que a audiência trataria de uma possível aliança política entre PT e PMDB no Estado do Pará".
O assessor Henry Carvalho, que também participou do encontro com Roberto Jefferson, presta depoimento no Ministério Público às 9h de quinta. No mesmo horário, depõe Jairo Martins, suspeito de participar da gravação da fita que deu origem às denúncias. A Polícia Federal deve ouvir Marcos Valério amanhã , aproveitando a estada do publicitário em Brasília. Marcos Valério de Souza presta depoimento na Comissão de Sindicância da Corregedoria da Câmara dos Deputados.
De acordo com o relator da CPI dos Correios, deputado Osmar Serraglio (PMDB-PR), a comissão vai rastrear as contas do publicitário para saber a origem dos R$ 20,9 milhões que teriam sido sacados em espécie das contas das empresas DNA e SMP&B Comunicação.
As informações são da Agência Brasil.
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