| 12/06/2005 15h45min
O tráfico de pessoas na América Latina está crescendo, embora não haja cifras sobre seu volume, afirma José Pires, diretor da Organização Internacional de Migrações (OIM) para América Latina e Caribe.
– Há um tráfico que nós consideramos que está crescendo. Achamos que o volume é muito grande – disse Pires em entrevista publicada neste domingo, dia 12, pelo jornal La Nación da Costa Rica.
Segundo o funcionário, de nacionalidade holandesa, não se sabe exatamente quantas pessoas são traficadas na América Latina. A operação clandestina utiliza pontos 'cegos' (sem controle) nas fronteiras.
– Este é um problema enorme e, normalmente, o volume que nós conhecemos é o das pessoas que a polícia é capaz de encontrar, mas há um grande movimento pelos pontos 'cegos', que são muito permeáveis – explicou.
De acordo com Pires, os traficantes de pessoas são profissionais que tem um grande lucro, e que o lucro pelo tráfico de mulheres e crianças é comparável ao do tráfico de drogas e armas. O negócio envolveria gente especializada em comunicação, em translado de pessoas e que têm muito dinheiro a sua disposição, algo que permite encontrar mercado para colocar as pessoas.
O diretor regional da OIM disse que as pessoas são compradas e vendidas para exploração sexual e para o trabalho forçado. Ele disse que a Organização Internacional do Trabalho (OIT) considera que no mundo todo há cerca de 12,3 milhões de pessoas submetidas a trabalhos forçados, dois milhões delas na América Latina e no Caribe. De acordo com o funcionário, mulheres e crianças são as principais vítimas do tráfico de pessoas.
As informações são da agência EFE.
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