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 | 24/05/2005 12h09min

CPI do setor elétrico pode servir de contraponto à dos Correios

Partidos ainda precisam indicar os membros que irão compor a comissão

Os líderes dos partidos na Câmara acertaram, nesta terça, dia 24, a instalação na próxima semana da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) das privatizações do setor elétrico, que ocorreram na administração de Fernando Henrique Cardoso. O governo está disposto a usar essa comissão como um contrapeso à CPI dos Correios, que será criada na quarta. Os partidos ainda precisam indicar os membros que irão compor a comissão do setor elétrico e persiste o impasse sobre quem ficará com a presidência e com a relatoria da CPI.                                

– Ninguém quer essa CPI do setor elétrico, mas ninguém sabe como matá-la – disse a jornalistas o líder da minoria, José Carlos Aleluia (PFL-BA).

– A preocupação é que venha a ser tratada de forma inescrupulosa – afirmou.

Para a oposição, dependendo do andamento da CPI, ela pode vir a comprometer os investimentos planejados para o setor. Um líder governista, que pediu para não ser identificado, admitiu que a CPI do setor elétrico poderá ser usada como "anteparo" à dos Correios.

– Funcionará, evidentemente, como um anteparo. Mas nós também não estamos considerando que vamos transformar isso aqui numa praça de guerra. Não estamos apostando no caos – disse o líder.

– Não é uma revanche, é uma forma de se contrapor à oposição (...) ela certamente será usada caso a oposição decida extrapolar – acrescentou o deputado.

PSDB e PFL apresentaram o requerimento para a criação de uma CPI do Congresso que investigue um suposto esquema de propinas nos Correios, envolvendo presidente do PTB, partido aliado do governo, deputado Roberto Jefferson (RJ).

O governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva teme que o foco inicial seja ampliado e que a investigação se amplie, gerando uma forte instabilidade política. Na noite de segunda, o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso negou que o PSDB tenha o desejo de transformar a investigação dos Correios numa "espécie de CPI geral do país".

As informações são da agência Reuters.

 
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