| 15/02/2005 22h01min
As ações voltadas ao zoneamento ecológico-econômico e à criação de unidades de conservação no Estado do Pará serão aceleradas. O anúncio foi feito nesta terça, dia 15, durante entrevista coletiva no Palácio do Planalto, após reuniões que envolveram oito ministros e o governo do Pará para discutir o assassinato da missionária Dorothy Stang. A religiosa foi morta no último sábado no interior do município de Anapu, a 600 quilômetros da capital Belém.
– O que estamos vendo é uma reação à presença do Estado – disse o ministro-chefe da Casa Civil, José Dirceu.
A ministra do Meio Ambiente, Marina Silva, sugeriu ao presidente da República em exercício e ministro da Defesa, José Alencar, para que sejam reforçados os programas de Combate ao Desmatamento da Amazônia e para o Desenvolvimento Sustentável da Área de Influência da BR-163, a instalação de bases do Ibama na região, a regularização fundiária e a parceria da Polícia Federal e do Exército para o combate à
ilegalidade em toda a Amazônia. O
assunto será debatido na quinta, dia 17, durante encontro com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
– Não haverá retrocesso de um milímetro na implementação das ações de combate ao desmatamento e regularização fundiária – disse Marina.
Segundo a ministra, nos próximos dias será implementada uma série de áreas protegidas, somando mais de quatro milhões de hectares, na região conhecida como Terra do Meio, entre os rios Xingu e Tapajós, no Pará. Além disso, o governo do Pará se comprometeu a aprovar em sua Assembléia Legislativa e enviar ao Congresso Nacional o plano para zoneamento ecológico-econômico do Estado.
Conforme o governador do Pará, Simão Jatene, o zoneamento ecológico-econômico dividirá os 1,25 milhão de quilômetros quadrados do Estado em quatro grandes regiões: uma de proteção integral, uma de uso restrito, outra de uso intensivo e por fim, uma de recuperação. O projeto de zoneamento, segundo ele, poderá ser aprovado já na próxima semana.
– O ordenamento territorial é fundamental para que se minimize a grilagem – destacou.
A religiosa Dorothy Stang foi atingida por seis tiros no último sábado, dia 12, quando se dirigia a um encontro que organizaria um mutirão para que fosse construído um salão comunitário no Assentamento Esperança, a 45 quilômetros de Anapu, onde residia há 30 anos.
As informações são do Ministério do Meio Ambiente.
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