A cidade gaúcha mais atingida pelo ciclone extratropical que atingiu o sul do país neste final de semana vai receber auxílio do governo do Estado para se reerguer. Na tarde deste domingo, dia 28, o governador Germano Rigotto sobrevoou o município de Torres, no litoral norte do Rio Grande do Sul, para ver o tamanho dos estragos provocados pela tormenta.

O prejuízo do municípío foi tamanho que o prefeito José Batista da Silva Milanez decretou situação emergência na tarde deste domingo. O governo do Estado, por sua vez, fez parceria com a prefeitura de Torres para ceder material de construção, principalmente telhas, usados para reconstruir a moradia de quem ficou sem teto. 

– Os prejuízos são enormes, mas o governo estará ao lado da prefeitura para auxiliar a população atingida – disse Rigotto.

Batizado de Catarina, o ciclone que irrompeu pela região danificou mais de 20 mil casas, paralisou a BR-101, afetou redes de luz, água e telefone. O Estado de Santa Catarina foi o mais atingido. Pelo menos uma pessoa morreu. Uma árvore arrancada pelo vento caiu sobre um automóvel no município catarinense de Maracajá e matou o motorista, Édson Lourenço Quirino, 44 anos. Além disso, duas embarcações estão desaparecidas no mar catarinense com 12 tripulantes. Apenas um tripulante foi resgatado, em estado de choque.

No Rio Grande do Sul, um homem de 61 anos, morador de Torres, chegou a ser identificado como a segunda vítima do ciclone. Calino Teixeira Matos morreu a 50 metros de sua casa, um sitio no Bairro Cortado, às 2h de domingo. Segundo a Defesa Civil, ainda não há ligação entre a morte e o fenômeno climático, já que o corpo de Matos não apresentava ferimento.

Em Torres, a cidade gaúcha mais atingida, o coronel Osório, coordenador da Defesa Civil de Torres, contabilizou até o momento 1 mil casas destelhadas, sendo algumas parcialmente. Os cerca de 150 desabrigados estão alojadas na Escola Alcino Pedro Rodrigues, em frente ao Corpo de Bombeiros da cidade. O município também teve cortes de energia, mas 90% do fornecimento de luz já foi restabelecido.

Durante todo o final de semana, o governador manteve contatos permanentes com o ministro da Integração Nacional, Ciro Gomes e com o governador de Santa Catarina, Luiz Henrique da Silveira, para preparar o Estado para os efeitos do ciclone. Rigotto e Ciro Gomes chegaram a cogitar a possibilidade de evacuação da população de Torres. Contudo, o vento que em alto mar chegou a 150 quilômetros por hora perdeu força e não foi necessário adotar essa medida.

O gabinete da primeira-dama do Estado, Cláudia Rigotto, trabalhou na coleta de donativos que serão entregues à população atingida de Torres. Roupas, alimentos não-perecíveis e outros mantimentos serão transportados até o litoral nesta semana, para serem distribuídos com auxílio da Defesa Civil e da prefeitura. Durante este domingo, já foram entregues colchões e cobertores, além de aproximadamente 200 quilos de alimentos. Nesta segunda, dia 29, a Defesa Civil retoma as vistorias. Com informações da Rádio Gaúcha e jornal Zero Hora.

Veja como foi a passagem do ciclone

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