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O segundo dia de greve dos servidores da segurança pública do Rio Grande do Sul foi marcado novamente pela análise da paralisação. Nenhuma manifestação estava marcada para ser realizada nesta terça, dia 23. De acordo com a presidente Sindicato dos Escrivães, Inspetores e Investigadores de Polícia do Rio Grande do Sul (Ugeirm), Adélia Porto, 91% dos servidores da área da Polícia Civil estão parados.
Adélia Porto informa que, no final da tarde desta terça, a categoria vai se reunir para definir as manifestações que serão retomadas a partir desta quarta. Os servidores grevistas vão avaliar se devem fazer uma vigília de 28 horas na frente do Palácio Piratini, em Porto Alegre, a partir desta quinta, dia 25.
Nas delegacias onde os policiais aderiram à paralisação estão sendo registrados apenas casos graves. No final desta tarde, a entidade deve divulgar um balanço da adesão à greve na Polícia Civil.
Já os policiais militares fazem operação padrão. Com isso, o policiamento de rua só está sendo feito com homens que tenham coletes à prova de balas dentro do prazo de validade, além de armamentos e munição pagos pelo Estado. Apenas as viaturas com perfeitas condições estão saindo às ruas.
A Associação dos Oficiais da Brigada Militar (Asof/BM) informa que, em 32 cidades, das 548 viaturas existentes, 288 – mais da metade – estão paradas. Com isso, mais de 300 policiais permanecem nos quartéis.
O presidente da Associação de Cabos e Soldados da Brigada Militar (Acasol), Leonel Lucas, foi a Caxias do Sul nesta terça para conferir uma denúncia de que os policiais estariam sendo mandados para as ruas sem coletes à prova de balas. Uma denúncia foi encaminhada nesta segunda, dia 22, ao subprocurador-geral do Ministério Público, Mauro Renner. Se a suspeita for confirmada, a associação poderá entrar na Justiça contra o comando de Caxias do Sul, que estaria pondo em risco a vida dos seus soldados.
Segundo
líderes do movimento, tanto policiais
civis quanto militares que aderiram à paralisação no interior do Estado, montaram acampamentos em praças, onde fazem manifestações.
A greve fez com que a realização de audiências judiciais envolvendo presos fossem suspensas. Foram reduzidas também a emissão de laudos no departamento médico-legal e de criminalística, além da confecção de carteiras de identidade. Segundo a Superintendência de Serviços Penitenciários (Susepe), 140 audiências judiciais de presos foram suspensas nesta terça, dia 23. Com informações da Rádio Gaúcha.
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