A Associação Gaúcha de Entidades Esportivas e Administradoras de Bingo (Agebi) tentou no último sábado, dia 21, através de um pedido de tutela antecipada, garantir o funcionamento das casas impedindo que a Polícia Federal as fechasse. A liminar se refere a uma ação anterior que transita na 12ª Vara da Justiça Federal de Porto Alegre e foi indeferida na tarde do mesmo sábado pela juíza plantonista Verbena Duarte Brito de Carvalho.

O presidente da Associação, Márcio Augusto da Silva, soube do pedido de liminar pela reportagem da Rádio Gaúcha e disse que a decisão de tentar garantir o funcionamento na Justiça não partiu dele, e sim do advogado que tinha uma procuração deste processo.

– Até sábado, nós não autorizamos nenhum advogado a fazer ação nenhuma em nome da Agebi – afirmou.

Nesta segunda, no Litoral Norte, pelo menos dois bingos continuavam funcionando normalmente, descumprindo a medida provisória do governo federal que proíbe esse tipo de negócio, bem como a utilização de caça-níqueis em bares e restaurantes. Um dos bingos funciona em Capão da Canoa e o outro na Avenida Fernandes Bastos, em Tramandaí.

Os demais estabelecimentos nas duas cidades permanecem fechados, mas muitos locais continuam com os caça-níqueis como negócio paralelo. O sindicato da categoria se reúne em Torres na primeira quinzena de março para discutir o assunto.

Em Porto Alegre, as casas de bingo atenderam à determinação do governo, mas alguns caça-níqueis continuaram funcionando nesta segunda. O superintendente substituto da Polícia Federal, delegado Ademar Stocker, disse que o efetivo da corporação está reduzido durante o Carnaval, mas assegurou que o trabalho de fiscalização será intensificado na próxima quarta, dia 25.

Enquanto isso, a Força Sindical pretende reagir contra o fechamento das casas de bingo e jogos eletrônicos no país. A entidade alega que um grande número de trabalhadores vai ficar desempregado com a medida tomada pelo governo federal.

Com informações da Rádio Gaúcha.