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O possível afastamento do ministro-chefe da Casa Civil, José Dirceu, caso haja Comissão Pralamentar de Inquérito (CPI) sobre o caso de corrupção envolvendo seu ex-assessor, foi visto como positivo pelo presidente do Supremo Tribunal Federal, Maurício Corrêa.
– Eu prefiro acreditar que o ministro José Dirceu não tem nada a ver com o problema, entretanto, eu conheço a experiência extremamente salutar na época em que o Itamar (Franco) foi presidente da República – disse Corrêa a jornalistas nesta quarta, dia 18, ao chegar no Senado para participar de uma audiência pública sobre a reforma do Judiciário.
Maurício Corrêa se referia ao ministro da Casa Civil, Henrique Hargreaves, no governo de Itamar Franco. Suspeito de manipular o Orçamento da União, Hargreaves decidiu afastar-se do cargo retornando quando as denúncias foram esclarecidas.
– O Itamar combinou com Hargreaves de ser afastado do governo e só voltou quando se esclareceu que ele não tinha absolutamente nada com aquele caso – afirmou.
A possibilidade do afastamento de Dirceu foi noticiada nesta quarta. Ele tomaria esta atitude caso a CPI sobre o caso do ex-assessor Waldomiro Diniz seja instalada no Congresso.
Consultada pela Reuters, a assessoria do ministro negou a informação.
– Não é fato – afirmou a assessoria, lembrando que ''se houvesse alguma acusação contra o ministro seria cabível, o que não é o caso''.
Segundo o presidente do STF, a experiência foi "positiva'', julgando ser ruim para Dirceu ser acusado pela oposição de ter conhecimento das acusações contra o ex-subchefe de assuntos parlamentares da Presidência Waldomiro Diniz, que até janeiro era seu subordinado. Ele foi exonerado em função das denúncias no final da semana passada.
Waldomiro foi flagrado em fita de vídeo pedindo dinheiro a um bicheiro para si próprio e para a campanha de governadores. O fato é de 2002.
As informações são da agência Reuters.
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