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 | 18/02/2009 08h10min

Inter aposta em voos fretados para evitar desgaste

Viagem foi curta até Rondonópolis para estreia na Copa do Brasil

Luís Henrique Benfica, Rondonópolis  |  luis.benfica@zerohora.com.br

Aplicada no rodízio de escalação por Tite, a fórmula europeia chega também ao setor de logística do Inter. A viagem para Rondonópolis, no Mato Grosso, foi planejada para provocar o mínimo desgaste aos jogadores antes da estreia na Copa do Brasil, hoje, às 22h, contra o União-MT.

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Se a opção fosse por voo comercial, o Inter gastaria ao menos 26 horas para ir e voltar. Com o voo fretado, a duração caiu para cinco horas. O que aumentou o tempo de repouso. A desvantagem é financeira: em vez dos R$ 45 mil em voo comercial, o clube gastou R$ 150 mil no fretado. 

– É um investimento – defende o vice de futebol Fernando Carvalho.

Os jogadores, claro, aprovaram a ideia. Nilmar valoriza o fato de poder ficar algumas horas a mais com a família. Sobretudo em momento de calendário apertado, com jogos às quartas-feiras e aos domingos. 

– Na Europa, é assim – diz Nilmar.

O atacante lembra das viagens pela Europa e dentro da França pelo Lyon, entre 2004 e 2005.

Como naquela época os voos eram feitos no avião do presidente do clube, a privacidade oferecida aos jogadores era ainda maior. O volante Magrão elogia a iniciativa da direção e aposta que se refletirá no rendimento: 

– A decisão mostra o valor que a diretoria dá a competição.

O preparador físico Fabio Mahseredjian lembra que a medida possibilita até uma alimentação melhor. Em viagens feitas com escalas, os jogadores têm por hábito fazer lanches rápidos nos aeroportos, o que não repõe os gastos calóricos. Ontem, deu para almoçar e jantar na hora adequada. 

– Os jogadores tiveram alimentação de alta qualidade em casa e no hotel – diz o preparador.

A pista de reduzidas dimensões do aeroporto de Rondonópolis determinou que a aeronave do Inter tivesse lotação limitada. Apenas 60 dos 136 assentos foram ocupados.

Com um avião inteiro à disposição, alguns jogadores imaginaram que as regras pudessem ser quebradas. O argentino D'Alessandro, por exemplo, apareceu no Beira-Rio de bermuda. Precisou voltar em casa e vestir uma calça, como exige a cartilha do clube. Quando chegou ao aeroporto, os demais jogadores já estavam na sala de embarque.

O argentino ainda perdeu alguns minutos driblando o grupo de torcedoras que o cercou e cobriu de beijos. O que não atrasou a saída do time. E se a tivesse retardado, não haveria problemas. O voo era exclusivo.

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