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 | 06/02/2009 04h08min

A estratégia de Roth para o Gre-Nal é o sigilo

Jogadores não falaram sobre os treinos

Diogo Olivier  |  diogo.olivier@zerohora.com.br

É até engraçado, mas o diálogo a seguir entre os repórteres e o volante Willian Magrão, que era dúvida até admitir ontem que joga o clássico de domingo, em Erechim, mostra bem até onde vai o clima de mistério em semana de Gre-Nal.

— Magrão, com o foi o treino?

— Bom.

— Teve coletivo?

— Não posso falar nada! Foi fechado e pronto. Não me compliquem...

— Mas não dá para dizer nem se teve coletivo sem dizer os titulares?

— Não. Me disseram que não é para falar nada.

— Certo. Faz diferença, para ti, jogar no 3-6-1 ou no 3-5-2?

— Não.

— Quem treinou, então?

— Todo mundo.

— Mas como, se o Makelele passou por aqui com o braço numa tipoia?

— Hum... É mesmo? Não vi...

Em meio às respostas, Magrão não suportou e sorriu. Abriu os braços, espichou as pernas compridas sob a bancada da sala de conferências, passou a mão no cabelo. Até o simpático — e grande — segurança Fernandão esteve no local restrito aos jornalistas. Para se certificar de que não havia nenhum enxerido no pátio para espiar o treino. Os portões de acesso ao estádio, claro, foram trancados.

— Mistério é normal no Brasil. Os técnicos adoram mistério antes de jogo importante — sorriu Alex Mineiro.

A rigor, nem há tanto mistério assim. Willian Magrão, recuperado de pancada na coxa direita, treinou ontem e está escalado. Alex Mineiro, após 10 dias tratando de dores musculares, revelou: ontem fez o quarto trabalho com bola. Está liberado.

A questão é saber se o esquema será o 3-6-1, com o volante Diogo e usado nos 5 a 1 sobre o Novo Hamburgo, ou o 3-5-2, com o atacante Jonas. O certo é que Alex Mineiro joga.

— Não creio que vá ter problema de ritmo. Não parei de treinar nestes 10 dias poupado. Nunca joguei no 3-6-1, mas o importante é que o Tcheco e Souza chegam junto ao ataque neste esquema — afirmou Alex, sem preocupações com o clima de mistério.

Enquanto isso, no pátio, o sempre bem-humorado Tcheco se divertia com os repórteres. No Grêmio, só dois jogadores falam por turno. Os outros, nas dependências do estádio, estão proibidos de dar entrevistas.

— Vou aí falar com vocês de qualquer coisa, menos do Gre-Nal. Pode ser até de novela! — brincou Tcheco.

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