Um dia depois da denúncia feita pelo presidente da Comissão de Arbitragem de Futebol do Rio de Janeiro, Jorge Rabello, de supostas irregularidades na mudança da lista de árbitros brasileiros indicados para o quadro da Fifa, Sérgio Corrêa decidiu atacar o seu acusador. Em entrevista à Rádio Tupi, o presidente da Comissão Nacional de Arbitragem (Conaf) disse que Rabello questionou a lisura da trajetória do desafeto no futebol.

– Tratar de Jorge Rabello com a sua história no futebol brasileiro e respondê-lo é uma perda de tempo. Não entendo como o futebol carioca tem um ex-árbitro desse na presidência (da Comissão de Arbitragem). Ele não tem um passado muito recomendável – afirmou.

Rabello foi acusado de utilizar documentos com informações adulteradas quando ainda apitava.

– Lamento que uma pessoa como o Jorge Rabello, cujo passado é de conhecimento geral da nação carioca, esteja dando uma de paladino da justiça – acrescentou em entrevista à Rádio Globo e reproduzida pelo GloboEsporte.com.

Corrêa também ironizou Rabello por acumular cargos ligados à arbitragem no Rio de Janeiro. E insinuou que ele estaria interessado em mais um, tentando prejudicar o trabalho dos integrantes da Comissão Nacional.

– Ele está falando em nome da Comissão de Arbitragem carioca, do sindicato dos árbitros cariocas, da cooperativa que pagam os árbitros do Rio de Janeiro? Ele é presidente de tudo aí não é? É uma maneira de tentar desestabilizar a Comissão Nacional. Assim como os demais presidentes de comissões (estaduais), não tem ingerência no trabalho (da Conaf). Quer tomar conta. Mas não vai conseguir dessa forma.

Corrêa negou qualquer tipo de irregularidade na alteração da relação de árbitros brasileiros que trabalham com o escudo da Fifa. O presidente da Conaf disse que os árbitros Djalma Beltrami, Wagner Tardelli e Alício Pena Júnior foram retirados do quadro da Fifa como parte do processo de renovação da arbitragem brasileira. E também garantiu não ter prometido a Djalma Beltrami que ele "sempre apitaria bons jogos", como foi insinuado por Rabello.

– Isso não existe. Eles estariam à disposição de acordo com o rendimento deles. Não teriam qualquer tipo de benefício nas escalas em relação aos outros – finalizou.