O Inter concentra forças no lado esquerdo para seguir com esperanças de chegar ao G-4 do Brasileirão. Os canhotos Gustavo Nery, D’Alessandro e Alex retornam ao time hoje, às 18h20min, contra o desesperado Atlético-PR. O único pé esquerdo ausente é Guiñazu.

O técnico Tite chegou a usar três vezes o adjetivo “decisivo” ao referir-se ao compromisso deste sábado no Beira-Rio.

Apesar do otimismo, é árdua a missão de conseguir lugar entre os quatro melhores do Brasileirão — no meio do caminho, ainda há o Boca Juniors, dia 22, pela Sul-Americana. Considerando o desempenho do quarto colocado em 2007, o Inter necessitaria campanha de 25 em 27 pontos até a Libertadores.

Com o retorno de Alex, cresce a responsabilidade dos canhotos. De volta da Seleção, o meia repõe maior agressividade ao time. Entra na posição ocupada interinamente por Daniel Carvalho — que, aliás, não aproveitou a oportunidade.

Por suspensão, Nery e D’Alessandro ficaram fora do empate com o Goiás. O lateral substitui Marcão. E o argentino fica com a vaga de Andrezinho, que é mantido na equipe, desta vez deslocado para o lugar do lesionado Magrão.

O retorno dos três contagia todo o time. Nilmar não se constrange em dizer que o Inter ganha em qualidade.

— O time fica mais ofensivo, a bola chega com mais freqüência lá na frente – comemora o atacante, destacando a necessidade de um bom resultado após dois jogos sem vitória — Coritiba e Goiás.

Gustavo Nery valoriza a versatilidade dos canhotos. Lembra que D’Alessandro, “por sua inteligência”, acaba preenchendo espaços pelo lado direito. O que evita que a equipe fique viciada e capenga.

Tite rejeita a idéia de que passará por dificuldades com tantos canhotos de uma só vez. Em 2001, no comando do Grêmio, ele teve experiências bem-sucedidas acomodando Roger, Rubens Cardoso, Zinho e Marcelinho Paraíba. Ganhou o Gauchão e a Copa do Brasil daquele ano:

— O que pesa é a qualidade. Já usei muita gente de perna esquerda no mesmo time.