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 | 01/10/2008 19h52min

Tite relaciona má atuação do Inter com postura dos chilenos

Técnico alega que adversário não se expôs e jogou em cima do erro do Inter

Após o empate em 0 a 0 contra a Universidad Católica, a primeira pergunta da entrevista coletiva do técnico Tite foi sobre a má atuação do Inter, apesar da classificação. De acordo com o técnico, a variação se deve à postura do adversário:

- Foram duas propostas diferentes. Aqui a Universidad não se expôs, não adiantou a marcação e jogou em cima do erro. Tecnicamente foi um jogo abaixo, amarrado. A equipe adversária não nos deu a oportunidade de errar e sair no contra-ataque. Era importante fazer um gol logo e, como não fez, isso abalou a equipe - avalia. 

Tite precisou ainda explicar as substituições: Ramón entrou no lugar de Marcão, Guiñazu no de Andrezinho. Mas o argentino precisou sair, lesionado, para o lugar de Indio.

- A jogada pela lado esquerdo era onde tínhamos uma saída maior. Como o Ramon tem a profundidade e a velocidade, a idéia era essa. Por vezes o adversário joga com um atacante mais enfiado, aí o Marcão pode ser um terceiro zagueiro. Hoje se abriu um corredor, então se exigia um jogador de maior velocidade, por isso o Ramon. Não coloquei o Nilmar porque eu estava pensando em corrigir um processo anterior ao da conclusão, que é o da criação - justifica.

O técnico do Inter foi condescendente com a falta de criatividade, reafirmando que nem sempre o time poderá produzir como aconteceu na goleada sobre o Grêmio.

- Não dá para achar que toda situação vai fluir de forma natural - garante.

Sobre a disputa simultânea de Sul-Americana e Brasileirão, Tite evitou evidenciar qual é a prioridade.

- As duas situações se confundem, ou se fundem, não sei qual é o termo correto. Vai haver uma avaliação - projeta. 

Tite comentou ainda a lesão do argentino Guiñazu:

- O lance é acidental, poderia ter acontecido num treinamento. A vida é assim. Tu preserva a equipe, tenta dar ritmo aos atletas. É do jogo. Na batalha, alguns guerreiros vão ficando pelo caminho - lamenta.

O comandante colorado avaliou ainda o desempenho de Daniel Carvalho, que não repetiu a boa atuação do empate no Chile.

- Quando tu faz um trabalho tão intenso de recuperação, como ele fez, e é louvável a dedicação que teve, é natural que leve um tempo maior para adaptação. Todo jogador que entrar em uma equipe entrosada, a possibilidade de render mais existe. Para estar equilibrada, a equipe precisa jogar 10 partidas com pelo menos uma base de sete, oito jogadores - pondera.

No encerramento da entrevista, Tite falou sobre a possibilidade de confronto com o Boca Juniors, equipe que já eliminou o Inter duas vezes na competição:

- O Inter cria clima para ele. Criou contra o Palmeiras, contra o Coritiba. Temos que trabalhar, respeitar os adversários. O clássico já passou - desconversa.

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