O trabalho com o preparador físico Samir Omeiri, nesta segunda, não serviu apenas para recuperar o corpo após a derrota por 3 a 0 para o Caxias, no domingo, e o desgaste da viagem de volta a Blumenau. Para os jogadores, a atividade na piscina ocorreu em boa hora: muita gente aproveitou o mergulho para esfriar a cabeça antes de pensar na partida decisiva desta quarta, contra o J. Malucelli, em Curitiba.
 
O capitão Kleber Goiano, que levou o terceiro cartão amarelo e desfalca a equipe no Paraná, relaxou sob olhares atentos do filho Enzo, de férias na escola. Era o menino quem conseguia arrancar alguns sorrisos do zagueiro que, assim como os companheiros de time, não esconde o desconforto na hora de dar explicações para a péssima campanha até aqui (quatro jogos, três empates e uma derrota).

— Já falamos tudo que tínhamos para falar. Agora, é hora de ter atitude. Estamos com o orgulho ferido, mas acreditamos na classificação. Temos dois jogos pela frente e, para nós, serão duas finais — comentou.

O atacante Aldrovani tenta manter a auto-estima, apesar das cobranças. Segundo ele, apesar do retrospecto, o esforço é para evitar o abatimento, o que tornaria a missão ainda mais complicada. O Verdão precisa vencer as duas partidas para se classificar sem depender de resultados paralelos.

— Levamos vários tiros, mas ainda estamos respirando. Não vamos nos entregar agora — afirmou o atacante.

O discurso de buscar a vitória vem desde o primeiro jogo no Sesi, contra o mesmo J. Malucelli, dia 9 de julho (o Metrô havia empatado com o Brasil de Pelotas, na estréia, fora de casa). Com o empate naquela ocasião, novo 1 x 1 contra o Caxias, também no Sesi, e a derrota do fim de semana, em Caxias, a pressão só aumentou.

— Precisamos dessa primeira vitória para tirar o peso de não vencer. Aí sim, vamos ter mais tranqüilidade para buscar a classificação domingo, contra o Brasil de Pelotas — desabafa Aldrovani.