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 | 22/06/2008 18h25min

Nos pênaltis, Espanha bate Itália e vai às semis da Eurocopa

Time de Casillas decidirá finalista da competição conta a Rússia

Ana Rosa  |  ana.rosa@rbsonline.com.br

A Espanha venceu a Itália nos pênaltis e garantiu neste domingo, dia 22, a vaga às semifinais da Eurocopa contra a Rússia, na próxima terça-feira, também em Viena. O clássico no estádio Ernst Happel ficou no 0 a 0 tanto no tempo normal quanto na prorrogação. Na cobrança das penalidades, o goleirão Casillas defendeu as cobranças de De Rossi e Di Natale e os espanhóis levaram a melhor, derrotando os italianos por 4 a 2.

Os espanhóis têm apenas um título da Eurocopa, conquistado em 1964. O time não ia tão longe na competição continental desde 1984, quando acabaram com o vice-campeonato após a derrota na final para os franceses.

O jogo

O cenário no primeiro tempo foi basicamente o mesmo: a Espanha tentanto encontrar espaço no meio da forte marcação italiana. Os lances de gol da partida se resumiram a chutes de fora da área e contra-ataques italianos — estes, quase sempre buscando o grandalhão Toni.

Com domínio da posse de bola, a primeira chance mais real de gol foi espanhola. Aos 17 minutos, Torres avançou pelo lado esquerdo e, meio chutanto, meio cruzando, arriscou para fora do gol de Buffon. No minuto seguinte, a Itália respondeu com Perrotta, que apareceu como elemento surpresa, atrás de Puyol. Casillas, que estava em ótimo dia, fez boa defesa.

Na reta final da primeira etapa, aos 35 minutos, a bola foi lançada na área, Toni sobiu para o cabeceio, mas ela desviou no ombro de Marchena. No finalzinho, um lance da arbitragem gerou reclamação em campo. Aos 41, Silva foi derrubado por Grosso perto da linha da área, mas o árbitro alemão Herbert Fandel não deu nada.

Segundo tempo

Na etapa final, as equipes voltaram mais dispostas e chegaram com mais perigo ao gol em relação ao primeiro tempo e a Espanha continuou tomando a iniciativa. Aos 13,  Xavi cobrou falta e Buffon tirou de soco. Na sobra, Silva bateu forte de fora da área, mas mandou direto para linha de fundo. Aos 15, a Itália reagiu com uma bela chance de Camoranesi — que entrou no lugar de Perrotta. O jogador recebeu na área e o gol só não aconteceu porque Casillas tirou com o pé. 

Aos 25, Toni mostrou que é o jogador de referência na jogada aérea italiana. A bola foi alçada na área e ele apareceu desajeitado para o cabeceio, que acabou na linha de fundo. Aos 34, Marcos Senna, brasileiro com cidadania espanhola, levou perigo ao gol de Buffon com um chutão. O jogador, por sinal, quase fez Buffon engolir um frango. Após a defesa de um forte chute, o arqueiro não segurou direito a bola e foi vagarosamente em direção ao gol. Para sorte do italiano, a trave impediu uma tragédia espanhola.

Um pouco depois, Toni voltou a aparecer, mas sua vontade de fazer gol atrapalhou seu companheiro. Aos 38, Di Natale cruzou do lado esquerdo, Toni tentou alcançar com pé, mas acabou desviando a bola que iria para Grosso. Nos acréscimos, quando tudo apontava para a prorrogação, a Espanha teve uma última chance. Aos 47, Villa recebeu na marca do pênalti, mas não conseguiu dominar para a finalização.

Prorrogação e penalidades

Na prorrogação, as equipes aparentavam cansaço e os jogadores já não se arriscavam tanto na disputa da bola. A Espanha havia realizado suas três substituições e a Itália resolveu queimar a última troca: saiu Aquilani para a entrada do experiente Del Piero. No mais, no finalzinho do segundo tempo da prorrogação, a Espanha levou perigo à meta adversária. Aos 14, Güiza, artilheiro do último espanhol, arrisou por cima do gol, e, no minuto seguinte, Cazorla bateu rasteiro e com veneno à esquerda de Buffon.

Nas penalidades, Castillas brilhou e fez duas grandes defesas no lado esquerdo. Após sofrer o gol de Toni, ele barrou o chute de De Rossi. Na seqüência, a Itália converteu com Camoranesi, mas não conseguiu o mesmo com Di Natale.

Nas cobranças espanholas, Villa, Cazorla e Senna bateram com perfeição. Já em desvatagem, Buffon defendeu o chute de Güiza, porém não conseguiu segurar a cobrança de Fábregas, que sacramentou a vitória espanhola.

 
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