A despeito da grande rivalidade entre Brasil e Argentina, os jornais do país vizinho dão grande destaque à superioridade brasileira nos clássicos recentes nas edições desta terça-feira. Para o Olé, é proibido perder novamente para o time de Dunga. O diário esportivo deixou as provocações de lado e estampou na capa a seguinte manchete: "Basta de Dunga Dunga", em referência às duas vitórias do técnico brasileiro em seus enfrentamentos com os rivais.

"No Brasil, dizem que a continuidade de Dunga, a quem chamam de burro, depende do que acontecer contra a Argentina. E em casa, como andamos? Basile não está sob dúvida, mas se amanhã perdermos, será a terceira derrota consecutiva para eles neste ciclo. Proibido perder!", diz a capa do Olé.

O jornal La Nación detalha as estatísticas do clássico, em matéria intitulada "Um grande pesadelo". Diz que o Brasil se tornou um "feroz verdugo que nunca consegue saciar seu apetite", já que, nos últimos 40 jogos, venceu 19, com 14 empates e apenas sete vitórias portenhas. Segundo o levantamento, o técnico argentino Alfio Basile enfrentou os rivais oito vezes em suas duas passagens pela seleção, e conquistou apenas uma vitória, em 1991.

Após décadas de domínio argentino, a história do confronto mudou a partir da década de 70. O Brasil chegou a passar 13 anos sem perder o clássico, entre 1970 e 1983. O jornal lembra as últimas três vitórias em seqüência, por 3 a 0 na final da Copa América de 2007, também por 3 a 0 em amistoso em Londres, em 2006, e por 4 a 1 na final da Copa das Confederações de 2005. Ao todo, são 92 jogos na história, com 36 vitórias brasileiras, 34 argentinas e 22 empates.

O La Nación noticia também a situação de Dunga, contestado após as derrotas para Venezuela e Paraguai e com sua permanência condicionada pelo resultado do clássico. Diz que o time brasileiro é "um mundo de incógnitas", pois o técnico não dá muitas pistas sobre a escalação.