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 | 06/06/2008 08h16min

Roger admite desgaste por ser único armador do Grêmio

Meia elogiou Renato Gaúcho e o esquema tático do Fluminense

Luís Henrique Benfica  |  luis.benfica@zerohora.com.br

Único armador do time do Grêmio, Roger admitiu que a função, por vezes, o sobrecarrega. Enquanto rasgados elogios ao esquema do Fluminense, definido por ele como "corajoso", o jogador disse que ficará menos desgastado caso Rafael Carioca passe a atuar mais adiantado. O time de Renato Gaúcho é o adversário gremista neste domingo, às 16h, no Olímpico, pelo Brasileirão.

A mudança tática foi testada ao longo da semana pelo técnico Celso Roth. Durante os treinamentos, Réver, zagueiro nas quatro primeiras rodadas do Brasileiro, foi convertido em volante, ao lado de Eduardo Costa. Rafael Carioca passou a armador.

– Não sei se um armador é insuficiente para o time, mas sobrecarrega. Eduardo e Rafael têm muita qualidade no passe, mas são mais de marcar. Eu preciso rodar para os dois lados e isso desgasta um pouco. Agora, Rafael ocupará um espaço mais adiante. E o campo não ficará tão grande para a minha movimentação. Não terei que ficar rodando o tempo todo por tudo quanto é lado – concluiu Roger.

Times ofensivos

Na final da Libertadores, o Fluminense encanta o meia. A vitória contra o Boca Juniors, quarta-feira, foi resultado, segundo Roger, da ousadia de Renato Gaúcho.

– É um time que joga para a frente, de forma corajosa e audaciosa. O Boca também atuou assim. As duas equipes abdicaram da defesa para jogar no ataque, arriscando mesmo. Renato foi corajoso. Usou dois meias e dois atacantes. Depois, retirou um meia para ter outro atacante – analisou.

Sem citar o modelo tático do Grêmio, Roger diz que Palmeiras, Cruzeiro e Inter foram campeões regionais "por terem coragem de atacar".

– Times que jogam para vencer trazem o torcedor para perto – acredita.

Aplausos para Renato

Roger não estranha o fato de a torcida gremista homenagear Renato a cada vinda do treinador ao Olímpico. Para o jogo de domingo, já se prevê uma situação inusitada, em que o técnico do time da casa é vaiado e o visitante, aplaudido. Segundo o jogador, é justo que se aplauda os ídolos.

– Um pedido meu (para que Roth não seja vaiado) em nada irá alterar a situação. A torcida se manifesta de maneira favorável ou contrária a partir do que acontece dentro de campo – conclui.

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