A torcida do Palmeiras vai dormir feliz neste domingo. Afinal, dentro de campo, o time fez jus ao favoritismo a ele atribuído durante a semana e bateu a Ponte Preta por 1 a 0 em Campinas, no primeiro jogo decisivo do Campeonato Paulista. O gol do time do técnico Wanderley Luxemburgo foi marcado por Kléber.

A vitória, se não foi suficiente para soltar o grito de "campeão paulista", preso há 12 anos na garganta do torcedor, colocou o Alviverde perto da taça. Agora, o time pode até perder por um gol de diferença no jogo da volta, domingo que vem, no Palestra Itália, para dar a volta olímpica e fazer a festa completa da torcida que canta e vibra, colocando um ponto final ao longo jejum.

Palmeiras começa pressionando

No primeiro tempo, a Ponte Preta sentiu os desfalques de Elias, machucado, e Renato, suspenso. Ansiosa por enfrentar o melhor time do Paulistão na decisão, a Macaca por pouco não saiu perdendo logo a um minuto. Diego Souza chutou forte de fora da área, e a bola bateu o travessão do goleiro Aranha.

O primeiro bom momento dos donos da casa nasceu dos pés do volante Bilica, que aplicou um chapéu em Élder Granja e serviu Wanderley na ponta esquerda. O atacante avançou em velocidade mas, na hora de cruzar para Luis Ricardo, pegou mal na bola e mandou direto pela linha de fundo.

A partida seguiu movimentada e bastante equilibrada até os 20 minutos. Nesse momento, Kléber tentou jogada individual e foi derrubado na entrada da área. Na cobrança, o lateral Leandro acertou a barreira, mas ganhou escanteio. Ele próprio cobrou, na cabeça de Kléber, que fulminou Aranha, abrindo o placar.

Dois minutos depois, Élder Granja cruzou rasteiro da direita e Alex Mineiro, de primeira, bateu forte, no canto, obrigando Aranha a fazer uma difícil defesa. A Ponte seguiu encontrando dificuldades na armação e tentava a ligação entre defesa e ataque nos chutões para a frente. Assim, só voltou a assustar Marcos em cobrança de falta de Vicente, no finalzinho do primeiro tempo, que o pentacampeão mandou para escanteio.

Ponte volta pressionado

Atento ao principal problema da Ponte no primeiro tempo, o técnico Sérgio Guedes sacou o lateral-direito Raulen e mandou a campo o armador Giuliano, passando Danilo Neto para o setor lateral do campo. O time voltou atacando mais, e chegou perto do empate logo aos quatro minutos em cobrança de falta de Vicente.

A pressão continuou. Aos 11 minutos, Danilo Neco puxou contra-ataque e Luis Ricardo recebeu dentro da área e bateu forte, cruzado, para boa defesa de Marcos. Em seguida foi a vez de Aranha aparecer ao interceptar passe de Kléber para Alex Mineiro, livre na pequena área.

Luxemburgo muda e Ponte se desorganiza

Já antevendo as dificuldades na partida da volta e preocupado em perder seu principal jogador, Valdívia, pendurado com dois cartões amarelos, Wanderley Luxemburgo sacou o chileno aos 15 minutos para a entrada de Denílson.

Com o tempo passando, a pressão da Ponte Preta deu lugar à desorganização e ao desespero na tentativa de chegar à igualdade. Bem postado na defesa e mais veloz nos contra-ataques, com Lenny e Makelele nos lugares de Kléber e Alex Mineiro, o Palmeiras contou com as defesas de Marcos para suportar as investidas campineiras e deixou o Moisés Lucarelli mais próximo de colocar um ponto final do jejum de títulos paulistas.