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 | 02/04/2008 14h30min

Max Mosley nega relação com nazismo e continua na presidência da FIA

Inglês não desmente envolvimento em orgia com prostitutas, apenas o teor nazista do encontro

O presidente da Federação Internacional de Automobilismo (FIA), Max Mosley, enviou uma carta à instituição negando envolvimento com a ideologia nazista em meio ao escândalo sexual em que o tablóide News of the World o envolve. Segundo matéria publicada hoje pelo jornal Die Welt, Mosley chama de "completamente falsas" as insinuações sobre a temática nazista do encontro que teve com garotas de programa, negando a versão da publicação britânica. O jornal afirma que Mosley participou de uma orgia com cinco prostitutas, vestidas de presas, às quais torturava "no papel de um comandante de campo de concentração".

Mosley, que não nega sua participação no encontro, mas suas referências ao nazismo, afirma que entrará na justiça contra o News of the World e destacou sua intenção de permanecer no comando da entidade.

"Recebi expressões de apoio e de solidariedade de dentro da FIA e do automobilismo", declarou Mosley, segundo o qual sua vida particular não afeta seu trabalho.

De acordo com o Die Welt, após a intervenção dos advogados de Mosley, foram retiradas da internet as cerca de cinco horas de vídeo nas quais Mosley era visto em uma orgia de teor sadomasoquista. O presidente da FIA afirma que, segundo informações que recebeu de círculos policiais, foi "espionado" durante cerca de duas semanas, e lamentou que os membros da federação tenham sido confrontados com "os vergonhosas resultados" destas investigações. Mosley diz no texto que divulgar detalhes da vida particular das pessoas é "anticonstitucional" na maior parte dos países e que, neste caso concreto, a publicação das imagens representa um "ataque ilegal" à sua esfera privada.

O presidente da FIA também tem sido questionado por ser filho de Oswald Mosley, "membro do partido nazista inglês e amigo particular de Adolf Hitler", segundo o tablóide.

Lionel Cironneau, AP / 

Max Mosley reclama que foi espionado por duas semanas, e que expor a vida particular das pessoas é anticonstitucional
Foto:  Lionel Cironneau, AP


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