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 | 29/11/2007 20h17min

Presidente da CBDA depõe no caso Rebeca e isenta entidade

Coaracy Nunes conversou com o delegado por duas horas e meia

O presidente da Confederação Brasileira de Desportos Aquáticos (CBDA), Coaracy Nunes, prestou seu depoimento na tarde desta quinta-feira ao delegado Marcio Cipriano, responsável pela investigação do caso de doping envolvendo a nadadora Rebeca Gusmão. O dirigente conversou com o policial na sede da Delegacia de Repressão aos Crimes contra a Saúde Pública, no Rio de Janeiro. Após o encontro, Coaracy reafirmou sua tranqüilidade em relação a todos os acontecimentos.

– Nós não temos nada que ver com isto, o doping de uma atleta não é nossa responsabilidade. Não vou falar muito sobre este assunto. Já dei meu depoimento que está lá à disposição – afirmou. 

Segundo ele, a conversa transcorreu normalmente com o delegado durante duas horas e meia, mais ou menos, e não fugiu ao teor do que ele disse até o momento sobre o assunto.

– Você viu a carta que divulgamos sobre o assunto? Aquilo que eu disse na carta foi o que informei lá (ao delegado). Ele me tratou muito bem, fez algumas indagações e eu respondi – resumiu Coaracy, que não quis se prolongar muito sobre o tema.

Segundo ele, a maior interessada em que a investigação seja concluída com sucesso é a própria CBDA.

– Quem divulgou a carta com o exame do De Rose (Eduardo de Rose, presidente da Comissão Médica da Organização Desportiva Pan-americana (Odepa) fui eu. Nós temos o máximo interesse em que tudo seja resolvido.

Primeira brasileira a conquistar medalha de ouro em Jogos Pan-Americanos, Rebeca foi suspensa preventivamente pela Federação Internacional de Natação (Fina) no último dia 2. Segundo a entidade, um exame realizado na atleta dia 13 de julho, data de início do Pan, detectou a presença de níveis anormais de testosterona caracterizando doping.

A nadadora já estava sendo investigada pela Corte Arbitral de Esporte (CAS) por suspeita de doping desde 2006 e seu caso ficou ainda mais complicado no último dia 8, depois que um exame feito a pedido de De Rose indicou que duas das quatro amostras tinham DNAs diferentes. Com a possibilidade de fraude, o presidente do Comitê Olímpico Brasileiro (COB) e do Comitê Organizador do Pan (CO-Rio), Carlos Arthur Nuzman, encaminhou pedido ao Ministério Público para abertura de inquérito policial para investigar irregularidades no caso.

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