A cada dia de adiamento do WCT na Praia da Vila, o semblante do líder do ranking, o australiano Mick Fanning, parece ficar mais sério. Seria bom poder perguntar para ele se realmente a concentração a cada dia está aumentando, mas, infelizmente, isto é impossível, já que ele pouco fala - com exceção do primeiro dia, em que ele conversou mais na coletiva de imprensa.

O que se vê é um atleta muito centrado e preocupado em garantir o título mundial. Apenas uma zebra poderia tirar o caneco das mãos do australiano, já que ele pode se sagrar campeão mundial até se for eliminado na primeira rodada (veja abaixo o quadro com as possibilidades de título para o WCT 2007).

A pressão não deve ser pouca, já que o surfe é um dos esportes mais praticados na Austrália e o país vive um certo marasmo de ídolos mundiais. Até no tênis as estrelas australianas andam apagadas, como é o caso de Lleyton Hewitt.
 
Mick fala mesmo é com os seus parceiros e é visto com freqüência no quarto de hotel de Greg Emslide. Outra companhia freqüente é a do norte-americano Taylo Knox. Entre eles, risadas e bate-papos.

Talvez tudo não passe de uma estratégia australiana: falar apenas quando o titulo estiver garantido. O país, potência do surfe, não consagra um campeão desde 1999, ano em que Mark Occhilupo ergueu a taça.