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 | 28/02/2007 16h31min

Porto-alegrense Débora Nunes competirá no taekwondo

Atleta de 23 anos se prepara para a disputa até 57 quilos

A porto-alegrense Débora Nunes começou a praticar taekwondo para defesa pessoal, mas ela foi além e, agora, irá ao Pan do Rio, de 13 a 29 de julho. O rendimento acima da média não estava nos planos da atleta de 23 anos. A vaga na equipe permanente do Brasil foi a conseqüência.

Com o patrocínio da UCS, Débora competirá no Rio na categoria até 57 quilos - o Brasil será representado por quatro mulheres e quatro homens. Até 17 de março, ela fica concentrada com a seleção brasileira em Belo Horizonte (MG), comandada pelo técnico Carlos Negrão. Ela optou por se mudar para São Bernardo do Campo (SP), inclusive, para ficar mais próxima do treinador. Longe da família, ela não se importa em se privar de vários hábitos típicos de sua idade.

– Moro sozinha, não bebo, não saio à noite. Por enquanto, essas coisas não fazem falta. Vivo em concentração e tenho horário para tudo. Mas vale a pena – avaliou.

No Pan, Débora prevê disputas acirradas com atletas de Estados Unidos, México, Cuba e Venezuela. O Brasil só começou a disputar torneios internacionais em 2006.

– O que abriu as portas foi o quarto lugar da Natália Falavigna (campeã mundial em 2005) e do Diogo Silva na Olimpíada de Atenas (2004) – ponderou.

Antes do Pan, Débora passará por duas competições internacionais e um intercâmbio na Coréia do Sul. Para ela, campeonatos fora do Brasil fazem toda a diferença:

– É onde se pega a prática e se conhece os adversários. No último Pan, o Brasil não conquistou medalhas. Um êxito nosso pode facilitar a vida das futuras seleções brasileiras.

Além de Débora, o Rio Grande do Sul será representado no Pan por Carlos Izidoro, 25 anos, na categoria até 80 quilos. Primeiro colocado no Pan de taekwondo de 2004, o lutador trouxe de lá experiências que serão úteis no Rio. Entre os concorrentes, o norte-americano Steven Lopez, para quem perdeu em 2005, no Mundial, é apontado pelo próprio brasileiro como um dos mais difíceis de ser batido.

– Antes do Pan, participo de competições como os Abertos da Holanda e Alemanha (março), além do Mundial da China (maio). Vou chegar aos Jogos bem preparado – relatou Izidoro, que precisou engordar dois quilos para atingir a categoria olímpica.

FERNANDA FEDRIZZI/PIONEIRO
 
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