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 | 08/12/2006 05h24min

Os adoradores do vermelho e branco

Hilda Balbinot e Moyses Alves da Silva são apaixonados pelo Colorado

Hilda Balbinot, 51 anos, e Moyses Alves da Silva, 56, formam um casal Colorado. Não um casal de torcedores comuns do Internacional. Basta entrar na residência dos dois, no Bairro Coqueiros, em Florianópolis, para se deparar com um grande cartaz.

Hilda é a protagonista, vestida de vermelho, com letras garrafais que indicam: "Consulesa do Internacional em Florianópolis". A única com esse título no Estado.

A vida que os aposentados levam sempre tem o tom de sangue. Nada dramático, apenas visceral - amor de torcedores fanáticos mesmo.

Os detalhes em vermelho vão desde a tampa dos potes da cozinha até as taças no bar. Isso quando o objeto não escancara a paixão colorada e traz no rótulo o escudo do Inter.

É o caso de um relógio que marca a contagem regressiva dos 100 anos do clube, em 4 de abril de 2009. Ele está lá, no hall de recepção, ao lado de alguns quadros de formações vitoriosas.

Entrando um pouco mais na residência, eis que um quarto tomado de alvirrubro se constrói. Trata-se do "santuário" do casal. No espaço existe tudo do Inter que se possa imaginar. Mais fácil, na verdade, é listar o que não tem.

Dezenas de camisas do time, jogos de botão, baralhos, espetos de churrasco, cuias de chimarrão, DVDs, fitas de vídeo, livros, pôsteres e diversos retratos. Tudo isso não chega nem à metade dos itens que eles conservam na galeria. O xodó é Jecilda, um pequeno boneco de 25 anos de vida.

– É o meu amuleto – conta Hilda.

O cômodo reserva ainda uma cadeira de plástico, com o emblema Colorado, e uma cama, com o edredom do clube. Mas ninguém está autorizado a sentar ou deitar. Senão estraga.

A idolatria armazenada em três décadas

De acordo com Moyses, a limpeza do quarto demora uns três dias. Também pudera, são peças colecionadas ao longo de 30 anos de casamento. De sócios do Inter, o casal soma mais de duas décadas.

O marido queria montar o santuário bem na sala de visitas. No entanto, Hilda – a mais entusiasmada dos dois – achou melhor não. Só que pintar a parede do quintal com o símbolo parece se enquadrar na idéia de ambos. Lá, já tremula uma bandeira do clube em um mastro de 11 metros de altura.

E pensar que tudo começou por "acaso". Quando tinha 11 anos, a gaúcha natural de Erechim morava em Chapecó, Oeste catarinense. Durante um Gre-Nal, Hilda determinou que seu time do coração sairia do ganhador da partida. Deu 2 a 1 para os vermelhos e uma torcida que já invade 40 anos.

Pelo menos uma vez por mês eles vão a Porto Alegre assistir a um jogo do Inter. Com a réplica da medalha de campeão da Libertadores, que custou R$ 100, lamentam não ter reservado dinheiro para ir ao Japão, a terra do sol vermelho e fundo branco.

DIÁRIO CATARINENSE

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