A festa está programada. Depois de 35 rodadas, finalmente o título do longo Campeonato Brasileiro de pontos corridos pode ser decidido. Basta o líder São Paulo vencer o irregular Atlético-PR nesta domingo, a partir das 16h, no Estádio do Morumbi. O clima é totalmente favorável ao time paulista. Cerca de 70 mil torcedores são esperados no estádio para comemorar o tetracampeonato.

Um ingrediente extra acompanha o confronto, embora o Furacão não tenha grandes pretensões na competição. A rivalidade entre São Paulo e Atlético-PR ficou acirrada desde o ano passado, quando os dois decidiram o título da Copa Libertadores da América. Na oportunidade, o tricolor paulista fez a festa.

Para repetir a cena do ano passado, o São Paulo trata o jogo como se fosse uma final. O técnico Muricy Ramalho decidiu concentrar os atletas dois dias antes do jogo no CT da Barra Funda. A ordem na equipe da capital paulista é definir a fatura o quanto antes para evitar imprevistos nas rodadas finais e ainda igualar o Cruzeiro de 2003, campeão com três rodadas de antecedência.

– Não podemos nos entusiasmar com a situação do Atlético-PR. É uma equipe com excelentes jogadores, independente se colocarem a força máxima. É a reta final, hora de ficarmos concentrados – relatou o comandante são-paulino, campeão brasileiro como atleta em 1977 pelo próprio tricolor.

Durante a semana, o São Paulo viveu a polêmica com as declarações do meia Souza, que já se sentia campeão depois da vitória contra o Goiás. Porém, Muricy Ramalho preferiu minimizar o caso, até para evitar um clima ruim na véspera de uma partida fundamental.

– Ele nem disse que o time já era campeão. Acho que não falou nada demais, tanto que não houve uma grande repercussão do caso – explicou o técnico, consciente da importância do jogador, considerado um dos destaques da competição.

Para completar, o São Paulo viu nos últimos dias o empenho de seu capitão, Rogério Ceni, para participar da partida. O goleiro fez até nove horas de fisioterapia em busca da recuperação de uma contusão na parte posterior da coxa direita. Tanto esforço deu resultado: o camisa 1, capitão do time, vai para o jogo.

Um desfalque certo é o zagueiro André Dias, que recebeu o terceiro cartão amarelo na última rodada. Desta forma, Muricy Ramalho optou por retornar ao esquema 4-4-2, com a entrada de Danilo no setor de armação.

O Atlético-PR, apesar da rivalidade acirrada com o São Paulo após a decisão da Copa Libertadores do ano passado, não está com a cabeça totalmente voltada para o Brasileirão. O Furacão prioriza reverter o tropeço do meio de semana diante do Pachuca, pela semifinal da Copa Sul-Americana.

Apesar de ter apenas chances remotas de rebaixamento e, portanto, entrar em campo mais para cumprir tabela, o técnico Vadão não deve escalar um time reserva. A expectativa era de que ele repetisse o que fez contra o Grêmio, na rodada passada do Nacional, quando o Atlético-PR perdeu por 3 a 2 na Arena da Baixada.

GAZETA PRESS