Mesmo há milhares de quilômetros de distância, a decisão da Copa Libertadores da América entre Inter e São Paulo é um dos assuntos mais comentados. No grupo que faz parte da Seleção Brasileira que irá enfrentar a Noruega, nesta quarta, torcedores de Inter e São Paulo defendem seus clubes de coração e não escondem que estarão na torcida durante o confronto.

Lúcio e Daniel Carvalho, além do técnico Dunga, são os colorados do elenco brasileiro. O zagueiro pentacampeão mundial chegou ao Inter no ano de 1997, depois de atuar pela equipe do Guará, do Distrito Federal, em uma partida pela Copa do Brasil vencida Colorado por 7 a 0. Apesar da goleada, o jogador chamou a atenção dos dirigentes gaúchos e em pouco tempo foi convidado para fazer testes na divisão de base do clube.

– Tive uma passagem pelo clube e deixei muitos amigos. Tenho muito carinho pelo Colorado e vou torcer pelo Inter.

Sobre o resultado da primeira partida, Lúcio adverte:

– Nada está definido, no futebol tem que se ter todo o cuidado.

Colorado desde guri, o atacante Daniel Carvalho já havia revelado em entrevista que nem pensa em encostar a cabeça no travesseiro na madrugada de quarta para quinta, em Oslo. O jogador do CSKA quer estar acordado caso seu sonho de criança se realize e o Inter se sagre campeão da Libertadores da América.

– Vou acompanhar o Inter e vamos ver se a gente consegue vibrar o máximo possível – disse Daniel.

Mas o time são-paulino também tem seus representantes no hotel onde a Seleção concentra na Noruega. Cicinho, Edmílson e Júlio Batista, todos revelados nas categorias de base do clube, garantem a torcida do Tricolor paulista.

O lateral-direito titular da equipe de Dunga acha que a tranqüilidade vivida pelos colorados, em virtude do resultado positivo alcançado dentro do Morumbi, poderá facilitar as coisas para o São Paulo.

– Eles estão muito tranqüilos, e isto é bom, porque o São Paulo costuma surpreender. Mas o Inter é o favorito pois está com a vantagem – disse Cicinho.

RÁDIO GAÚCHA