Apesar de ocupar a liderança do Grupo B e de ser a única equipe invicta na Liga Mundial masculina de vôlei, o técnico Bernardinho Rezende ainda não está satisfeito com a seleção brasileira. Para o treinador, a equipe ainda precisa encontrar um padrão de jogo.

– O time ainda está com muitos altos e baixos, não conseguiu encontrar um padrão. E a verdade é que, com todo o respeito aos adversários do nosso grupo, ainda não fomos testados. Não sabemos como estamos em relação às equipes mais fortes – diz Bernardinho.

Até o momento, os brasileiros somam quatro vitórias frente a Argentina, duas sobre Portugal e duas sobre a Finlândia, pela terceira e quarta semanas da competição. Nesta segunda-feira, o grupo desembarca no Brasil onde volta a enfrentar os finlandeses no próximo sábado e domingo, no ginásio Nilson Nelson, em Brasília (DF).

O meio-de-rede André Heller acredita que a equipe mostrou crescimento nas vitórias sobre a Finlândia neste final de semana.

– A evolução da equipe é constante. O importante é que algumas peças que entraram estão mantendo a qualidade – afirma o jogador, referindo-se ao ponta Samuel, que atuou nas duas partidas contra os finlandeses, e ao também ponta Murilo, que entrou apenas na segunda partida.

Bernardinho ainda não sabe se mantém os testes com os novatos ou começa a trabalhar mais focado no ritmo de jogo da equipe de olho na fase final.

– Vamos decidir durante a semana se montamos a equipe em função das finais ou se testo mais alguma coisa – disse.

Os 15 jogadores que viajaram para as partidas fora de casa contra Portugal e Finlândia ganharão em Brasília a companhia do meio-de-rede Gustavo, cuja mulher Raquel está se recuperando de uma doença chamada linfoma de Hodgkin. O jogador foi liberado pela comissão técnica dos primeiros jogos para acompanhar o tratamento de Raquel.

– Vamos ver em que estado o Gustavo estará. Ter passado por essa experiência fez com que ele valorizasse mais as coisas importantes da vida. Isso vai deixá-lo mais maduro. O que me preocupa mais é a parte física e técnica mesmo. Ele estava se dedicando à prioridade número 1, que é a família. Sei que vontade não vai faltar – completa Bernardinho. 

GAZETA PRESS